Virgin Orbit anuncia encerramento de operações
Nesta semana, a Virgin Orbit, lançadora de satélites que foi fundada por Richard Branson, anunciou que está no processo de venda dos seus ativos e que encerrará suas operações. A decisão está sendo divulgada dois meses depois de a empresa pedir concordata e demitir cerca de 85% de seus funcionários.
A corporação foi fundada em 2017 com a promessa de revolucionar o acesso ao espaço através do lançamento de satélites pequenos e baratos. Desde o ano passado, a companhia já vinha registrando uma série de prejuízos financeiros. Saiba mais sobre a decisão da Virgin Orbit de fechar as portas.
A corporação se tornou um símbolo da indústria espacial comercial
A Virgin Orbit tinha como proposta lançar satélites pequenos e baratos através de um foguete amarrado à asa de um Boeing 747. Essa configuração foi o que possibilitou que o lançamento fosse feito em qualquer pista grande o suficiente, o que acabou atraindo o interesse do Pentágono e outras entidades.
Nos últimos anos, a empresa se tornou pública, uma vez que o capital de investimentos começou a se esgotar. Além disso, seu foguete LauncherOne voou com pouca frequência, desde a primeira vez em que alcançou a órbita do Planeta Terra, em 2021, e sofreu uma falha de lançamento no começo deste ano.
Apesar dessas situações, a Virgin Orbit continuou crescendo rapidamente e contratando dezenas de funcionários para integrar suas equipes. Isso culminou com um prejuízo líquido de US$ 43,6 milhões (R$ 216,5 milhões) no segundo trimestre de 2022. A receita foi de US$ 30,9 milhões (R$ 153,4 milhões).
Durante uma entrevista ao The Washington Post, o executivo-chefe da Virgin Orbit, Dan Hart, explica que alguns erros financeiros e operacionais relevantes cometidos pela corporação fizeram com que ela gastasse centenas de milhões de dólares e produzisse apenas alguns lançamentos bem-sucedidos.
“No final das contas, como CEO, essas são minhas escolhas. Eu poderia ter feito escolhas diferentes ao longo do caminho. A inovação é um negócio confuso, e você faz escolhas e sai do estacionamento todos os dias. E você se pergunta: será que joguei a bola para frente? Ou retrocedemos hoje?”, afirma.
Imagem: Reprodução/Shutterstock