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Pesquisa revela desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho; veja dados

O Índice de Desigualdade de Gênero, estudado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), concluiu em 2023 que as mulheres brasileiras continuam em situação de grande desvantagem em relação aos homens. O relatório divulgado pelo instituto mostrou que as mulheres do Brasil têm a maior carga de trabalho, menos representatividade política, salários mais baixos e alta mortalidade materna.

Segundo o estudo do IBGE, em 2022, as mulheres com 15 anos ou mais de idade tinham uma carga horária total semanal de trabalho de 54,4 horas, enquanto os homens trabalhavam 52,1 horas na mesma semana. As mulheres gastam quase o dobro do tempo dos homens (21,3 horas contra 11,7 horas) em cuidado de pessoas e afazeres domésticos, o que afeta diretamente a sua participação no mercado de trabalho.

Desigualdade salarial e informalidade entre homens e mulheres no mercado de trabalho

O rendimento das mulheres foi, em média, equivalente a 78,9% do recebido por homens, de acordo com dados de 2022. Além disso, as mulheres apresentaram maior taxa de informalidade (39,6%) em comparação aos homens (37,3%). A diferença entre as mulheres pretas ou pardas (45,4%) e os homens brancos (30,7%) chegou a quase 15%.

Considerando a frequência escolar, cerca de 39,7% das mulheres brancas de 18 a 24 anos estavam estudando, enquanto entre as pretas ou pardas, essa proporção era de 27,9%. No campo político, o país ocupa a 133ª posição de um ranking de 186 países em relação à representatividade feminina. Apesar das mulheres representarem 52,7% do eleitorado, a proporção de deputadas na Câmara Federal era de apenas 17,9% em novembro de 2023.

Alta mortalidade materna e violência contra a mulher

O estudo do IBGE também revelou que a saúde das mulheres sofreu com o crescimento da mortalidade materna durante a pandemia de covid-19. Em 2020, a taxa aumentou 29% em comparação ao ano anterior. Em 2022, a razão de mortalidade materna caiu, sendo estimada em 57,7 a cada 100 mil nascidos vivos.

Em 2019, 5,7% das mulheres brancas e 6,3% das mulheres pretas ou pardas relataram ter sido vítimas de violência psicológica, física ou sexual praticada por ex ou atual parceiro íntimo. Ao dialogar sobre as diferenças e a superação dessas desigualdades, o Dia Internacional da Mulher se torna fundamental para o reconhecimento e a valorização das mulheres em todas as áreas da sociedade.