Um roubo a cada meia hora! SP bate recorde e deixa população em estado de choque
No centro de São Paulo, há uma média de um roubo a cada meia hora, conforme revelado por uma pesquisa conduzida pelo programa SP1, com base nos dados fornecidos pela Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP).
Durante os primeiros sete meses deste ano, foram registrados 13.478 casos de roubo nas oito delegacias localizadas na região central da cidade. Esse número representa o maior volume de ocorrências para esse período desde o início da coleta de dados, em 2001.
Criminalidade e Impacto nos Comerciantes do Centro de SP
Entre as delegacias, o 3º Distrito Policial (DP) – Campos Elíseos se destacou por ser o que apresentou o maior número de registros de assaltos, totalizando 4.398 casos, seguido pelo 1º DP – Liberdade, com 2.910 casos.
O Coronel José Vicente, conselheiro da Escola de Segurança Multidimensional da Universidade de São Paulo (USP), aponta que as ocorrências de roubo notificadas nas delegacias representam apenas uma porção do total real, estimando que essa porcentagem possa ser de apenas 40% a 50%. Isso sugere que o problema da criminalidade na região é ainda mais grave do que os dados oficiais mostram.
A combinação do alto índice de crimes com a presença da Cracolândia tem tido impactos significativos na vida dos moradores e comerciantes locais. Um exemplo disso é o caso do empresário Daniel Bernardini, que tomou a decisão de fechar a loja física de produtos de refrigeração que sua família administrava há quase meio século, após ter sido alvo de invasões criminosas por quatro vezes.
Bernardini relata: “Essa foi a segunda vez que fomos atingidos após a pandemia. Embora a pandemia tenha afetado o mundo todo, a Cracolândia foi o golpe final, a situação que nos fez parar e tomar essa decisão”.
Em resposta às circunstâncias, ele optou por mudar o modelo de negócio, migrando para o comércio virtual. Ele observa que os clientes estão cientes das dificuldades e problemas na região central de São Paulo e, devido aos roubos recorrentes, estão evitando frequentar não apenas sua loja, mas também outras áreas como a Avenida São João, Rua Helvétia e Alameda Glete.
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Imagem: tonodiaz/Freepik