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Toshiba demite 4 mil funcionários para acelerar reestruturação

Nesta quinta-feira (16), a Toshiba anunciou uma decisão impactante para sua operação local: a demissão de quatro mil funcionários. Essa medida faz parte de uma série de ações de reestruturação acelerada após a venda da empresa, no ano passado, para a Japan Industrial Partners (JIP), por valores que alcançam US$ 13 bilhões, cerca de R$ 66 bilhões.

O que muda na Toshiba com essa reestruturação?

A redução de pessoal anunciada corresponde a até 6% da força de trabalho local da empresa. Além disso, a Toshiba planeja mudanças significativas nas operações administrativas, transferindo as funções de escritório de Tóquio para Kawasaki, a oeste da capital japonesa. Com essas mudanças, a empresa almeja alcançar uma margem de lucro operacional de 10% em até três anos.

Essa grande reestruturação pode ser vista como um teste significativo para o impacto do capital privado no Japão. Os esforços do consórcio liderado pela JIP em arquitetar a recuperação da Toshiba são observados atentamente pelo mercado e podem definir tendências futuras para investimentos e reestruturações corporativas no país.

Apesar de severas, as demissões não surpreenderam totalmente o mercado. Já no último ano, após a venda da empresa, especialistas previam que mudanças drásticas poderiam ocorrer, indicando que poderia haver cortes e reorganizações profundas.

A situação não é novidade para a Toshiba, que desde 2015 enfrenta desafios significativos. Naquele ano, a empresa foi abalada por um grande escândalo de irregularidades contábeis. E mais recentemente, em abril, uma agência de notícias japonesa já antecipava um plano de cortes ainda mais amplos, que poderiam chegar a cinco mil demissões, a maior onda de cortes desde a crise inicial.

Além de reduzir o número de funcionários, a Toshiba está considerando a venda de grandes subsidiárias e outros negócios considerados não lucrativos. O objetivo é clarear o caminho para melhorar a rentabilidade. A empresa também planeja reintegrar algumas de suas subsidiárias nas áreas de energia — incluindo geração de energia e usinas nucleares — infraestrutura, dispositivos e tecnologia da informação.