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Short friday: Saiba como funciona o sistema que reduz jornada de trabalhos nas sextas-feiras

O conceito de “sexta-feira curta” ou “short friday”, como é amplamente conhecido, tem se tornado uma tendência forte nos ambientes corporativos, proporcionando um início antecipado do fim de semana para os funcionários. Esse modelo, que reduz as horas de trabalho nas sextas-feiras, tem sido adotado por empresas que valorizam o equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

A política da “short friday” não é algo regulamentado por lei específica. Contudo, a implementação desse sistema exige que as empresas estejam atentas às leis trabalhistas, garantindo que não haja redução salarial pelas horas não trabalhadas. As organizações têm liberdade para definir como será essa compensação, seja por meio de ajustes na jornada semanal, seja deixando claro em contrato a natureza desse benefício.

Como a “Short Friday” impacta a produtividade?

Empresas que aderiram à “short friday” reportam um impacto positivo na produtividade dos funcionários. A explicação para isso é dupla: em primeiro lugar, esse benefício melhora significativamente o bem-estar e a satisfação dos colaboradores. Em segundo lugar, resulta em um aumento do engajamento e comprometimento com a empresa. Profissionais se sentem valorizados e, com mais tempo livre para cuidados pessoais, conseguem manter uma performance superior durante a semana.

A adoção da “short friday” vai além dos ganhos em produtividade. Esse modelo se alinha a uma tendência mais ampla de valorização do bem-estar no ambiente corporativo. Ao proporcionar aos funcionários condições mais flexíveis de trabalho, as empresas se posicionam como lugares desejáveis para trabalhar, atraindo e retendo talentos.

Uma pesquisa realizada pela consultoria Mercer Marsh Benefícios revelou que 78% das 850 empresas brasileiras consultadas oferecem algum tipo de flexibilidade no trabalho, evidenciando a popularidade deste conceito.

Entre as empresas que lideram pela implementação da “short friday” está a Takeda, uma indústria farmacêutica que oferece, além das sextas curtas, outros quatro benefícios focados na flexibilização do trabalho.

Segundo Eliane Pereira, executiva de RH da Takeda, a iniciativa começou com as “summer fridays” e se mostrou tão benéfica que foi estendida para o resto do ano. Outro gigante corporativo, a Bayer, adotou a “short friday” em 2011, proporcionando uma gestão mais flexível do tempo aos seus colaboradores das áreas administrativas.

A “Short Friday” é legalmente viável?

Apesar da inexistência de uma legislação específica para a “short friday”, a prática é completamente viável dentro do contexto legal brasileiro, desde que os direitos dos trabalhadores sejam plenamente respeitados.

A advogada trabalhista Ana Gabriela Burlamaqui enfatiza que, caso o benefício seja implementado sem necessidade de compensação, não é obrigatória a alteração no contrato de trabalho. As empresas, no entanto, devem estar cientes de que não podem revogar unilateralmente a decisão sem o consentimento dos funcionários.