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Profissionais que atuam em home office tem mais medo de demissão; entenda o motivo

Segundo um novo estudo, quase 89% dos gestores de RH americanos afirmam que seus empregados têm medo de serem demitidos, de terem seus chefes dispensados ou de mudanças no quadro de funcionários. O relatório é da consultoria Hulu e é baseado em uma enquete com 80 mil pessoas.

Nos Estados Unidos, o temor é justificável, uma vez que há previsão de recessão, desemprego e taxas de juros altas neste ano. No entanto, o que a pesquisa evidencia é que aqueles que fazem home office apresentam esse medo da demissão com uma frequência maior do que aqueles que realizam trabalho presencial.

Entenda o estudo.

Saiba o motivo de trabalhadores remotos terem mais medo de demissão

De acordo com o estudo da Hulu, especializada em coleta e análise de dados do setor de recursos humanos, funcionários em trabalho exclusivamente remoto relatam ansiedade com demissão em uma frequência 32% maior. O número evidencia um preço psicológico pela distância do escritório.

Por outro lado, aqueles que vão para os seus locais de trabalho em todos ou alguns dias da semana relatam 24% menos esse tipo de problema. O principal motivo é que sentem que seus chefes estarão acompanhando o seu serviço e reconhecendo as boas realizações durante o expediente presencial.

Os dados do relatório e o cenário apresentado não indicam que aqueles que fazem home office efetuem suas atividades de maneira menos produtiva. Muitas vezes, o medo faz com que o empregado acredite que realiza um trabalho insuficiente, mas que, no escritório, pensaria ser satisfatório.

Lucas Nogueira, diretor regional da consultoria de recrutamento especializado Robert Half, afirma que “um contexto de incerteza econômica (…) colabora para um sentimento mais pessimista, mesmo que não exista, efetivamente, uma oscilação significativa de rendimento”.

Apesar disso, o Índice de Confiança Robert Half (ICRH) mostra que ainda 69% dos brasileiros têm preferência pelo trabalho híbrido e apenas 10% pelo presencial. “As prioridades estão cada vez mais ligadas a atitudes, valores e crenças, e não somente a salários e benefícios”, conclui Lucas.

Imagem: Reprodução / Getty Images