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Pessoas LGBTQIA+ estão mais presentes na gestão das empresas, revela pesquisa

Dentre as 140 organizações reconhecidas como Locais Incríveis para Trabalhar (LIT), na pesquisa Experiência do Empregado FIA, 5% dos cargos de liderança são ocupados por membros da comunidade LGBTQIAPN+. Esse índice supera a proporção da população que se identifica como parte desse grupo, que é de 1,9%, de acordo com dados de uma pesquisa do IBGE realizada em 2019.

Lina Nakata, responsável pela pesquisa da FIA, destaca que os 5% carregam grande representatividade, pois são proporcionalmente maiores do que a população geral no Brasil (2,5 vezes mais, em termos relativos), além de ser maior do que o grupo total de pessoas pesquisadas (5% em comparação com 4%).

Conforme o levantamento da FIA, nessas mesmas empresas, 4% dos funcionários se autodeclaram como membros da comunidade LGBTQIAPN+. “Isso mostra que a base não é exatamente maior, e o grupo LGBTQIA+ consegue alcançar posições estratégicas nas empresas”, explica Lina. Confira!

A realidade para a comunidade

De acordo com a pesquisa, uma porcentagem menor de pessoas do grupo LGBTQIA+ (90%) do que de heterossexuais (96%) enxerga um senso de justiça no tratamento, independentemente da orientação sexual. Lina destaca que isso indica a existência de preconceito dentro das organizações.

Para ela, embora a maioria das pessoas LGBTQIA+ perceba que o ambiente de trabalho seja justo e respeitoso em relação à orientação sexual, aproximadamente 1 em cada 10 discorda, possivelmente devido à percepção de discriminação.

Nakata também salienta que o preconceito antecede a discriminação. “O preconceito é uma opinião formada de maneira superficial em relação a determinada pessoa ou grupo, não sendo baseada em uma experiência real ou razão”, informa. Ela diz que a discriminação ocorre quando existe tratamento injusto ou negativo devido à sua pertença a um determinado grupo, como é o caso do LGBTQIA+.

O que as empresas estão fazendo?

Dentre as organizações reconhecidas como LIT, apenas 6% adotam todas as práticas relacionadas ao tema LGBTQIAPN+. Essas práticas incluem:

  • Implementação de ações de comunicação visando a inclusão do público LGBTQIAPN+ na empresa;
  • Estabelecimento de grupos de discussão compostos por funcionários para abordar assuntos relevantes ao público LGBTQIAPN+;
  • Realização de treinamentos formais para gestores com o objetivo de evitar discriminações contra o público LGBTQIAPN+;
  • Oferecimento de benefícios que se estendem aos cônjuges de funcionários do mesmo sexo.

Lina Nakata também destaca uma pesquisa do LinkedIn que revela que 68% das pessoas LGBTQIA+ optam por não divulgar sua orientação sexual no ambiente de trabalho.

Imagem: Reprodução/Freepik