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Pesquisa surpreende ao revelar número de pessoas que não querem ser promovidas no mercado de trabalho

Em um mundo em constante mudança, a concepção de sucesso profissional tem passado por uma transformação significativa. Longe vão os dias em que escalar os degraus corporativos era o auge do sucesso. Atualmente, uma parcela considerável de trabalhadores demonstra resistência à ideia de promoções, optando por priorizar outros aspectos da vida profissional e pessoal.

Um estudo realizado pela agência de recrutamento Randstad revelou um dado surpreendente: 39% dos participantes não aceitariam uma promoção profissional mesmo se ela lhes fosse oferecida. Mas o que estaria por trás dessa aparente contradição? A resposta parece residir na percepção do custo-benefício associado às “altas cadeiras” corporativas.

Por que alguns profissionais recusam promoções no trabalho?

Segundo a pesquisa, que ouviu 27 mil pessoas, 34% dos entrevistados expressaram o desejo de não ascender a cargos superiores, associando essas posições a um desgaste emocional e físico significativo. Para Patricia Agopian, especialista em carreira, a associação entre sucesso e altos cargos corporativos está mudando. Muitos veem a aceitação desses cargos como uma troca desfavorável, onde a qualidade de vida e a saúde mental podem ser sacrificadas.

Lina Nakata, pesquisadora da Pesquisa FIA — Lugares Incríveis para Trabalhar, enfatiza outro aspecto importante: o equilíbrio entre remuneração e as demandas do cargo. “Muitas vezes, o aumento salarial não compensa o aumento de responsabilidades e o estresse relacionados à posição,” explica ela. Esse cenário acaba por desmotivar muitos profissionais que buscam, acima de tudo, preservar sua saúde mental e qualidade de vida.

Nova perspectiva sobre o avanço profissional

Interessantemente, a rejeição a promoções não se restringe à nova geração. A pesquisa da Randstad incluiu participantes de 18 a 67 anos, indicando que o desejo por um equilíbrio mais saudável entre vida profissional e pessoal é um anseio transgeracional. A busca por propósito e bem-estar no trabalho está transformando o que significa progredir em uma carreira, muitas vezes focando em satisfação pessoal em vez de posições de liderança.

A tendência de não buscar promoções também é influenciada pelas mudanças estruturais nas organizações. Como aponta a especialista em carreira, nos últimos anos, muitas empresas passaram por processos de horizontalização, tornando o caminho para o topo mais difícil e menos atrativo. Essa nova realidade corporativa requer uma reavaliação do que significa ter sucesso no ambiente de trabalho contemporâneo.