Pesquisa sobre igualdade salarial gera preocupação
Uma nova pesquisa do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social indica o caminho que o Brasil ainda precisa percorrer para diminuir a desigualdade salarial e de renda nos espaços empresariais. Segundo o estudo, apenas 15% das empresas estão estabelecendo metas para alcançar esse objetivo.
Apesar do número baixo, quase metade das empresas entrevistadas afirma que avalia a relação entre o maior salário e a média salarial dos demais empregados. Especialistas são enfáticos ao afirmarem que o combate às desigualdades precisa ser uma prioridade das empresas. Saiba mais sobre a nova pesquisa.
Ações pela igualdade salarial ainda são insuficientes
A quinta edição da Pesquisa Diversidade e Inclusão nas Empresas 2022/2023, do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, mostra que quase metade (47,74%) das 199 empresas participantes afirma que está monitorando a relação entre o maior salário e a média salarial dos demais funcionários.
No entanto, apenas 15,58% delas está propondo metas para reduzir as diferenças salariais entre os empregados. Além disso, somente 32,66% das empresas possuem projetos para que a proporção de funcionários negros siga a mesma do perfil demográfico regional, eliminando, assim, as desigualdades.
Caio Magri, presidente do Instituto Ethos, afirma que o combate à desigualdade é uma prioridade para a entidade que lidera. “Elegemos o tema das desigualdades, e, em especial, as de salário e renda nas empresas. Os resultados da nossa pesquisa reafirmam que há muito a fazer ainda nesse sentido”, explica.
Em relação ao recorte da pesquisa sobre a redução da desigualdade salarial entre mulheres e homens, 66,33% das companhias está tentando reduzir as diferenças de salário entre funcionários de gêneros diferentes quando na mesma função. Porém, a quantidade de empresas com metas para isso não cresceu.
Segundo a pesquisa, a variação de um ano para o outro de empresas com projetos para a redução dessa diferença foi de 58,66% para 59%. Vale lembrar que, no início do mês, a Câmara aprovou uma lei que garante salários iguais para homens e mulheres com a mesma função. O projeto tramita no Senado.
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