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Pesquisa de Harvard revela importância do equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Aprimorar a flexibilidade no ambiente de trabalho pode ser um eficaz meio de diminuir o risco de doenças cardiovasculares, conforme indicado por uma recente pesquisa liderada pela Escola de Saúde Pública T.H. Chan de Harvard em colaboração com a Universidade Estadual da Pensilvânia (EUA). Os resultados do estudo foram divulgados recentemente no American Journal of Public Health.

O estudo revelou que os funcionários com maior risco cardiometabólico, especialmente os mais idosos, experimentaram uma redução significativa no índice de doenças cardiovasculares, entre cinco a dez anos, ao minimizar os conflitos entre trabalho e vida pessoal. Confira!

Flexibilidade no trabalho promove a redução de riscos cardiovasculares, revela estudo de Harvard

Lisa Berkman, coautora do estudo e professora de políticas públicas e epidemiologia, além de diretora do Centro de Estudos de População e Desenvolvimento de Harvard, destacou a importância das condições de trabalho como determinantes sociais da saúde.

Ela observou que a mitigação do estresse no local de trabalho e dos conflitos entre trabalho e família resultou em uma diminuição no risco de doenças cardiovasculares, sem impacto negativo na produtividade dos funcionários.

Berkman enfatizou que essas descobertas têm implicações significativas, especialmente para trabalhadores de salários baixos e médios, que frequentemente têm menos controle sobre seus horários e enfrentam maiores desigualdades na saúde.

O estudo incluiu uma intervenção no local de trabalho projetada para promover o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Os gestores aprenderam estratégias de apoio à vida pessoal e familiar dos funcionários, enquanto equipes de supervisores e funcionários passaram por treinamentos práticos para aumentar o controle dos trabalhadores sobre seus horários e tarefas.

A intervenção foi implementada em unidades de trabalho em uma empresa de TI com 555 funcionários e em uma empresa de cuidados de longa duração com 973 participantes. Os resultados mostraram reduções nas pontuações de risco cardiometabólico (CRS) entre os participantes com pontuações iniciais mais elevadas.

Funcionários de TI e cuidadoras registraram reduções equivalentes a 5,5 e 10,3 anos em suas pontuações, respectivamente. Além disso, os funcionários com mais de 45 anos e com um CRS mais alto eram mais propensos a obter reduções do que seus colegas mais jovens.

O coautor principal, Orfeu Buxton, professor de saúde biocomportamental da Universidade Estadual da Pensilvânia, enfatizou que a intervenção visa alterar a cultura do local de trabalho ao longo do tempo, visando reduzir o conflito entre o trabalho e a vida pessoal dos funcionários e, por fim, melhorar sua saúde.

Imagem: Reprodução/Freepik