Paralisação surpresa gera demissões no Metrô de São Paulo
De acordo com as informações obtidas recentemente, nove funcionários do Metrô de São Paulo foram penalizados por sua participação na paralisação que aconteceu durante o feriado de 12 de outubro, afetando as Linhas 1, 2, 3 e 15 do metrô de SP. Cinco deles foram demitidos, os outros quatro funcionários sofreram punições decorrentes de envolvimento no mesmo incidente.
Um desses quatro trabalhadores foi suspenso por 29 dias, enquanto os outros três, membros sindicalizados, terão que responder a um processo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Por que os funcionários do Metrô de São Paulo foram punidos?
O Metrô de São Paulo justificou que as demissões e punições foram baseadas em imagens, relatórios e áudios que indicaram uma “conduta irregular” desses trabalhadores. Levou-se em consideração também a falta de aviso prévio sobre a paralisação.
Pelo que se sabe, a companhia ainda está avaliando mais casos e não descarta a possibilidade de novas punições serem aplicadas.
O que os trabalhadores alegam sobre a situação?
As defesas dos nove funcionários argumentam que a paralisação foi um protesto contra advertências enviadas a três operários da Linha 2-Verde. As advertências, no entanto, não foram bem esclarecidas pelo Metrô, que garante, sem maiores detalhes, que elas não implicariam em demissão ou redução salarial.
Resposta do sindicato
O sindicato da categoria considera as demissões injustas e convocou os trabalhadores para uma assembleia. “Entendemos que essa atitude intempestiva, arbitrária e antissindical é uma tentativa de enfraquecer uma categoria que está na linha de frente da luta contra o projeto do governador de privatizar todos os serviços públicos”, disse em comunicado o Sindicato dos Metroviários.
Por outro lado, o Metrô nega que as punições estejam de alguma forma relacionadas a uma greve que aconteceu no dia 3 de outubro, a qual foi um protesto contra a possível privatização da empresa.
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