Metrô de SP poderá ter NOVA GREVE em breve; saiba mais
Funcionários do Metrô de São Paulo estão se preparando para uma assembleia marcada para esta quarta-feira à noite, que poderá resultar em uma greve adicional no sistema de transporte na próxima semana.
A convocação da assembleia surgiu em resposta ao anúncio de demissão de cinco operadores de trens, feito pelo Metrô na terça-feira. Isso aconteceu em decorrência da paralisação surpresa realizada pelos metroviários em 12 de outubro. Saiba mais!
Greve no Metrô de São Paulo: possibilidade de novo movimento na semana que vem
No total, nove funcionários foram sancionados de alguma forma. Cinco deles foram demitidos, um foi suspenso por 29 dias e os outros três, que têm estabilidade sindical, serão suspensos sem remuneração, enquanto enfrentam um inquérito no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O seu objetivo é avaliar possíveis faltas graves e tomar decisões sobre demissões.
O Sindicato dos Metroviários anunciou que convocará a categoria para se mobilizar contra as demissões, bem como contra a privatização e a terceirização. A presidente do sindicato, Camila Lisboa, manifestou a indignação da categoria e a possibilidade de uma nova greve na próxima semana, que será discutida durante a assembleia desta quarta-feira.
Ela alegou que as demissões são uma retaliação do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) em resposta às manifestações dos funcionários do Metrô contra a privatização e a terceirização. No entanto, o governo defende projetos de privatização, como o da Sabesp, que foi enviado à Assembleia Legislativa.
O protesto em 12 de outubro, feriado de Nossa Senhora Aparecida, resultou na paralisação do Metrô por três horas devido a advertências consideradas injustas pelos metroviários. Camila Lisboa argumentou que o governo está tentando prejudicar a categoria que se opõe às privatizações.
A empresa estatal declarou que baseou sua decisão de demissão nos resultados de provas, incluindo imagens, áudios e relatórios que apontaram condutas irregulares por parte dos nove profissionais. O Metrô alega que a paralisação atendeu apenas a interesses privados e violou a legislação por falta de aviso prévio e autorização da assembleia da categoria.
Caso a greve seja aprovada, será a terceira paralisação no Metrô de São Paulo este ano, após uma de 34 horas em março, principalmente relacionada a questões salariais. Recentemente, a categoria rejeitou uma paralisação proposta devido a editais de terceirização do Metrô.
Imagem: Reprodução/Governo de São Paulo