Jovens precisam trabalhar mais 70 horas por semana? Bilionário surpreende com fala
A discussão sobre a redução da jornada de trabalho tem sido um tema persistente. Apesar de estudos indicarem um aumento na produtividade, várias figuras influentes, como o ministro das Finanças da Alemanha, expressam oposição, alegando que “a chave para a nossa prosperidade continua sendo o trabalho árduo” e que “nunca na história uma sociedade alcançou prosperidade trabalhando menos”.
Essa perspectiva não é única, pois Narayana Murthy, bilionário e fundador da Infosys, um dos homens mais ricos da Índia e sogro do primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, declarou que os jovens precisam aumentar sua carga de trabalho. Confira!
Desafios e controvérsias na jornada de trabalho: a perspectiva da produtividade e as discrepâncias globais
De acordo com a BBC, Murthy recentemente incentivou seus funcionários a dedicarem 70 horas semanais ao empregador, considerando isso um dever patriótico.
“A produtividade do trabalho na Índia é uma das mais baixas do mundo. Se não melhorarmos nossa produtividade, não poderemos competir com países que fizeram grandes progressos”, explicou Murthy. Suas palavras entram em conflito com os dados recentes da OCDE, que indicam que trabalhar mais não necessariamente aumenta a produtividade e pode, na verdade, ter o efeito oposto.
Segundo a OCDE, a Alemanha, seguida por Dinamarca, Noruega, Países Baixos e Suécia, são os países com menor carga horária anual. Na Alemanha, por exemplo, a média é de 1.341 horas por ano.
Em contraste, mexicanos e colombianos trabalham mais, registrando uma média de 2.400 horas, aproximadamente 1.100 horas a mais do que um trabalhador alemão. Surpreendentemente, os países do Norte da Europa, com menos horas de trabalho, são considerados mais produtivos.
Alguns empresários e políticos concordaram com Murthy nas redes sociais. Sajjan Jindal, presidente do grupo de empresas JSW, afirmou que cinco dias por semana não são adequados para um país em desenvolvimento, enquanto alguns internautas criticaram os baixos salários na Infosys.
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