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Grande empresa desiste de demissão em massa de funcionários em SP

A Volkswagen anunciou recentemente que reconsiderou sua decisão de suspender os contratos de trabalho de 800 funcionários em sua fábrica em Taubaté (SP). Essa mudança ocorreu devido ao desempenho positivo do modelo Polo, o que levou a montadora a ajustar suas medidas de flexibilidade para essa unidade.

Anteriormente, no dia 14 de julho, a Volkswagen havia comunicado ao Sindicato dos Metalúrgicos sobre a intenção de realizar um layoff, que teria início em 1º de agosto e duraria por dois meses, para um turno de produção. No entanto, em vez disso, a empresa optou por aplicar férias coletivas de 10 dias para os dois turnos da fábrica de Taubaté, a partir de 31 de julho.

Volkswagen ajusta medidas em fábrica de Taubaté, evitando demissão em massa

Enquanto isso, a fábrica da Volkswagen em São José dos Pinhais (PR) continuará com um turno em suspensão temporária de contratos, iniciado em 5 de junho. Já as unidades de São Bernardo do Campo (SP) e São Carlos (SP) seguem operando normalmente.

É importante ressaltar que essas medidas de flexibilização, incluindo a possibilidade de layoffs de dois a cinco meses em Taubaté, estão previstas em um acordo coletivo firmado entre a montadora e os sindicatos que representam os trabalhadores em todas as fábricas da Volkswagen no Brasil.

O acordo de Taubaté, assinado em 2020 durante a pandemia e renovado no ano passado, estabelece que os funcionários da fábrica terão estabilidade até 2025. No entanto, uma suspensão anterior anunciada em junho foi revogada quando o governo Lula lançou um programa de descontos para carros, que teve duração de aproximadamente um mês e resultou na venda de 125 mil veículos.

O programa de subsídios do governo, lançado em junho, previa descontos significativos para carros, caminhões, vans e ônibus. Montadoras, incluindo a Volkswagen, receberam créditos tributários equivalentes aos valores dos descontos, o que representou uma renúncia fiscal por parte do governo.

A Volkswagen decidiu reajustar suas estratégias em resposta ao bom desempenho do modelo Polo, evitando a demissão em massa em Taubaté e optando por férias coletivas. O cenário econômico do setor automobilístico também foi influenciado pelo programa de descontos do governo, que teve impacto nas vendas de veículos durante o período de sua vigência.

Imagem: Reprodução/People Images