Empresas possuem dificuldades para encontrar funcionários que saibam falar inglês
Um dos principais desafios dos recrutadores ainda é encontrar profissionais com fluência no inglês para atuar com comércio exterior. De acordo com um relatório recente, o Brasil ocupa a 58ª posição, entre 111 países pesquisados, sendo classificado no quadrante “domínio moderado”.
Segundo Lucas Toledo, diretor-executivo do PageGroup, “o inglês é a maior dificuldade para essa área, uma vez que os profissionais realizam no dia a dia o contato com fornecedores e prestadores de serviço internacionais”. Saiba mais sobre a relação entre o domínio de idiomas com o mercado de trabalho.
Línguas inglesa e espanhola são essenciais
A fluência no inglês e em um terceiro idioma, preferencialmente o espanhol, é um diferencial para o setor do comércio exterior. “Entendemos que o investimento em uma pós-graduação ou em um MBA deve ser feito quando existir essa capacitação em pelo menos uma língua”, é o que explica o headhunter Toledo.
Karina Dalmás, que atua como gerente de comércio exterior da Dana no Brasil, empresa de peças para veículos sediada nos Estados Unidos, confirma o posicionamento de Lucas. “É essencial que [o profissional da área] tenha domínio em outras línguas, principalmente o inglês”, afirma.
Com 16 anos de experiência na área, Karina conta que, quando foi contratada como estagiária, já precisava do idioma. “De imediato já pude participar de negociações com empresas de diversos países e operacionalizando embarques, desembaraço aduaneiro e contratos de câmbio”, conta.
E há diversas vagas abertas para comércio exterior. “Desde o começo do segundo trimestre, sentimos a alta no mercado”, explica Toledo, que ainda aponta para um crescimento de 35% no percentual de novas posições ou reposições na área de suprimentos, quando comparado com o primeiro semestre do ano.
“De forma geral, no primeiro trimestre, as empresas estavam mais cautelosas com mudanças de quadro ou investimentos em recursos. Além disso, percebe-se uma retomada de produção das indústrias de base”, conclui.
Imagem: Reprodução/Getty Images