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Como a demissão virtual tem se tornado comum no mundo corporativo

A partir da pandemia de Covid-19 e da consagração do modelo de trabalho remoto, as demissões online se tornaram uma prática bastante comum no mercado de trabalho. Grandes companhias têm escolhido o virtual para comunicar dispensas, seja por chamada de vídeo ou até mesmo por comunicado via e-mail.

Empresas consagradas como a Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, o McDonald’s e tantas outras estão deixando o modo tradicional de comunicação e efetuando cortes de funcionários pela internet. Entenda melhor essa nova tendência e saiba qual a melhor forma de comunicar uma demissão.

Amazon e Google são outras empresas optando pelo virtual

Em novembro do ano passado, a Meta cortou 11 mil trabalhadores e o anúncio foi feito pelo CEO, Mark Zuckerberg, por meio de uma videochamada. A empresa justificou dizendo que, como atua em diversas partes do mundo, não seria possível juntar todos os colaboradores presencialmente para o comunicado.

Outro exemplo é o McDonald’s que, em abril deste ano, também demitiu centenas de trabalhadores virtualmente. A Amazon, em janeiro de 2023, comunicou a dispensa de seus funcionários por e-mail, enquanto o Google fez o mesmo, gerando uma série de reclamações em relação à escolha do virtual.

“É uma liderança preguiçosa”, afirma Nicholas Whitaker, ex-funcionário do Google e diretor de bem-estar e treinador de trabalhadores de tecnologia, em entrevista à CNBC. Os críticos dessa forma de comunicado afirmam que ela carece de empatia com os dispensados e apenas favorece o empregador.

“Estamos falando da vida de milhares de pessoas que foram viradas de cabeça para baixo. E é um dos momentos mais impactantes na carreira de alguém ser dispensado ou demitido. Falta-lhe humanidade, um componente ético e moral”, explica. Mas também há aqueles com preferência por demissões virtuais.

“Se eu fosse demitida, eu preferiria ser informada em uma sala da empresa e depois ser escoltada para fora do corredor ou preferiria desligar uma chamada do Zoom e depois chorar no meu travesseiro em minha casa?” questiona Jessica Kriegel, cientista-chefe de cultura no local de trabalho da Culture Partners.

Imagem: Reprodução/Getty Images