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Burnout: saiba o que é e quais são as principais causas

Aproximadamente 30% dos trabalhadores brasileiros são afetados por um fenômeno resultante do ambiente de trabalho.

Com a crescente competição no mercado de trabalho e o aumento significativo de demissões no país, os profissionais estão enfrentando pressões diárias para alcançar melhores resultados. Essa pressão, combinada com a fadiga e a liderança inadequada, está resultando em um ambiente de trabalho cada vez mais prejudicial para a saúde.

Nesse contexto, a Síndrome de Burnout tem se tornado uma realidade frequente. De acordo com a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), aproximadamente 30% dos trabalhadores no Brasil sofrem com esse problema.

Segundo a docente Marina Greghi Sticca, que atua como professora no Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP em Ribeirão Preto, “cansaço extremo, sensação de desânimo, tensão emocional, estresse e o próprio cinismo são alguns dos sintomas característicos dessa síndrome”.

Quais são as principais causas

O excesso de trabalho é identificado como a principal causa dessa condição. A Síndrome de Burnout é frequentemente observada em profissionais que lidam diariamente com pressão e responsabilidades constantes, como médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, entre outros.

Além disso, o Burnout também pode surgir quando o profissional enfrenta objetivos de trabalho extremamente desafiadores, levando a uma sensação de falta de capacidade para cumpri-los. É importante destacar que a síndrome pode levar a um estado de profunda depressão.

Sintomas, tratamento e prevenção

A Síndrome de Burnout se manifesta por meio de sintomas tanto físicos quanto psicológicos, que incluem desconforto emocional, angústia mental e manifestações corporais, como dores abdominais, fadiga intensa e tonturas. Alguns dos principais sinais e sintomas que podem indicar a presença da Síndrome de Burnout são:

  • Cansaço excessivo, físico e mental;
  • Alterações no apetite;
  • Insônia;
  • Dificuldades de concentração;
  • Sentimentos de fracasso e insegurança;
  • Negatividade constante;
  • Alterações repentinas de humor;
  • Fadiga.

O tratamento é essencialmente realizado por meio da psicoterapia, embora também possa envolver o uso de medicamentos, como antidepressivos e/ou ansiolíticos.

Normalmente, os efeitos começam a ser percebidos dentro de um período de um a três meses, podendo variar de acordo com o caso. Além disso, é importante promover mudanças nas condições de trabalho, bem como adotar novos hábitos e estilos de vida.

Já a prevenção se baseia em estratégias que visam reduzir o estresse e a pressão no ambiente de trabalho. A adoção de hábitos saudáveis não apenas evita o desenvolvimento da doença, mas também auxilia no tratamento dos primeiros sinais e sintomas. É altamente recomendado descansar adequadamente, garantindo uma boa noite de sono com pelo menos 8 horas diárias.

Imagem: Reprodução/Freepik