Pesquisa revela quanto a graduação presencial aumenta a renda de profissionais no Brasil
O Brasil enfrenta desafios constantes em termos de empregabilidade, mas a educação superior continua sendo um importante diferencial no mercado de trabalho. A pesquisa Empregabilidade dos Egressos do Ensino Superior indica que 88% dos graduados atualmente estão empregados. Realizada pela plataforma de carreiras Workalove e pelo Instituto Semesp, a pesquisa ouviu mais de 5.600 profissionais com o objetivo de analisar indicadores envolvendo trabalho, renda e planejamento de carreira.
Visão positiva sobre o ensino superior no Brasil
Os profissionais formados entre 2014 e 2024, com idades entre 24 e 60 anos, apresentam uma visão positiva sobre a formação superior. Mais de 56% consideram que a formação superior tem valor ou muito valor no mercado. A pesquisa também revelou que 35,78% dos participantes já são formados há, pelo menos, três anos e 19,55% há um ano ou menos.
Além da alta empregabilidade, a pesquisa destaca o aumento da renda para aqueles com diploma universitário. A média salarial bruta desses profissionais é de R$ 4.640, apresentando um crescimento de 10,4% em relação à pesquisa anterior. Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp, comenta que “os benefícios de realizar ensino superior ainda são muito elevados”.
Desafios na graduação
Apesar dos avanços, as instituições de ensino superior ainda enfrentam o desafio de preparar melhor os alunos para o mercado de trabalho. Em 2024, 38,8% dos egressos afirmaram que não se sentiam preparados para o mercado, uma leve melhoria em comparação a 2021, quando esse número era de 41,4%.
Os principais motivos apontados foram a falta de formação em habilidades como visão de negócio, comunicação, liderança, resolução de conflitos, pensamento crítico e trabalho em equipe. Para suprir essas lacunas, os egressos sugerem que as instituições firmem convênios com empresas, realizem workshops e palestras e promovam programas de mentoria e networking.
A pesquisa revela que 54,74% dos estudantes não receberam apoio das instituições para entrar no mercado de trabalho ou conseguir o emprego atual. Apenas 18,32% relataram ter recebido assistência na escolha da carreira.