Focado no trabalho durante as férias? Veja os riscos que isto pode oferecer
Julho é tradicionalmente o mês em que muitas pessoas planejam suas férias, buscando um merecido descanso das suas rotinas de trabalho. No entanto, um fenômeno crescente tem afetado a capacidade de muitos trabalhadores de realmente aproveitar esse período de pausa: o “Fear of Switching Off” (FOSO), ou o “medo de se desconectar”. Esse medo pode ter consequências sérias, como queda de produtividade e burnout.
Segundo especialistas, em vez de descansar, muitos profissionais permanecem atados às suas obrigações de trabalho durante o período de férias. Isso frequentemente inclui responder e-mails e participar de chamadas de trabalho, o que pode intensificar a sensação de pressão quando retornam ao trabalho.
Principais impactos do FOSO para os profissionais?
Esse comportamento é uma herança da pandemia de COVID-19, período em que as fronteiras entre o ambiente profissional e pessoal foram esmaecidas. Muitos profissionais não apenas continuaram trabalhando nas horas de refeição, como também prolongavam a jornada de trabalho até tarde da noite e aos finais de semana.
A conexão impulsionada pelas redes sociais e dispositivos móveis contribui para esse medo de desligar-se. Esse estilo de vida hiperconectado, fomentado pelas empresas de tecnologia, não apenas impacta negativamente a saúde mental e física dos indivíduos, mas ironicamente, os desconecta de um modo de vida mais humano e equilibrado.
A sugestão para contrapor essa cultura de permanente conexão passa também pelas lideranças de empresas. Estabelecer e comunicar expectativas claras sobre a desconexão durante o período de férias é essencial.
As estratégias para combater o FOSO são fundamentais não apenas para a saúde dos trabalhadores, mas também para a produtividade e o ambiente harmonioso dentro das organizações. Com a adoção destas medidas, tanto trabalhadores quanto empresas podem experimentar um equilíbrio mais saudável entre vida profissional e pessoal.