PicPay demite funcionários e piora as condições de trabalho
O conglomerado PicPay decidiu manter as transferências de seus funcionários oriundos de instituições bancárias para outras empresas internas do grupo, resultando na precarização das condições de trabalho.
Essa medida implica que esses colaboradores não serão mais beneficiados pelas disposições da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários e financiários, ambas oferecendo uma ampla gama de direitos, como Participação nos Lucros e Resultados (PLR), auxílio-creche, Vale Alimentação (VA) e Vale Refeição (VR), superiores à média de outras categorias profissionais.
PicPay e a Precarização das Condições de Trabalho: Transferências e Demissões Desafiam Acordos Coletivos
Em desacordo com a afirmação dos representantes do PicPay de que não haveria demissões, o Sindicato dos Bancários de São Paulo recebeu denúncias preocupantes em 6 de novembro.
Segundo relatos, aproximadamente 40 desligamentos ocorreram em uma única área da instituição financeira. As demissões pegaram os funcionários de surpresa; ao comparecerem ao polo da Vila Leopoldina para retirar seus equipamentos de trabalho, visando o teletrabalho devido à falta de energia elétrica na região, foram comunicados abruptamente sobre o desligamento.
A situação foi considerada um completo desrespeito aos trabalhadores envolvidos. Contrariando as garantias do banco de não realizar demissões em massa, a realidade demonstrou o contrário.
A Secretária-Geral do Sindicato, Lucimara Malaquias, afirmou: “Um total descaso e desrespeito com dezenas de trabalhadores. Portanto, não foram demissões pontuais, como afirmou o banco, que também havia se comprometido a não demitir coletivamente os funcionários. Vamos denunciar esse completo desrespeito por meio de ações sindicais e medidas jurídicas.”
Essa atitude do PicPay, ao manter as transferências sem considerar as garantias trabalhistas previstas nas convenções coletivas, levanta preocupações sobre o tratamento dos funcionários e a necessidade de uma resposta sindical e jurídica para assegurar os direitos dos trabalhadores afetados.
Imagem: Divulgação/PicPay