Metroviários de São Paulo não entrarão em greve novamente; saiba mais
Os funcionários do metrô de São Paulo rejeitaram a proposta de uma nova greve na noite da última quinta-feira. A possibilidade de paralisação foi discutida devido aos editais de terceirização do metrô, especificamente para os cargos de agentes de estações, com um pregão agendado para a próxima terça-feira (10), e no pátio Oratório da linha 15-prata do monotrilho, marcado para o dia 17. Confira!
Funcionários do metrô de São Paulo rejeitam nova greve
Se aprovada, essa nova greve ocorreria apenas uma semana após a categoria ter cruzado os braços pela última vez. Na terça-feira passada, a paralisação também envolveu trabalhadores da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (Companhia de Saneamento do estado de São Paulo).
A greve anterior, que envolveu a CPTM e a Sabesp, foi em protesto contra o plano de concessão dessas empresas à iniciativa privada, promovido pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos). Até o momento da redação deste texto, a companhia de metrô não havia se pronunciado sobre os editais de terceirização.
Na assembleia desta quinta-feira, que ocorreu na sede do sindicato, no Tatuapé, zona leste de São Paulo, 49,8% dos metroviários que participaram da votação se posicionaram contra a nova greve, enquanto 46,7% optaram pela paralisação. Houve uma abstenção de 3,5%.
A necessidade dessa assembleia surgiu devido a um erro na votação realizada na noite de terça-feira passada (3), de acordo com a diretoria do Sindicato dos Metroviários. Naquela ocasião, havia sido decidido que a greve daquele dia seria encerrada e não haveria continuidade na próxima semana. No entanto, o sindicato convocou novamente a categoria devido ao erro.
Durante a assembleia, Lisboa, um dos líderes sindicais, enfatizou o impacto da paralisação da última terça-feira, afirmando que conseguiram colocar o debate sobre as privatizações em destaque. No entanto, Tarcísio acusou a greve anterior de motivação política, em vez de trabalhista. Na noite de quinta-feira, Lisboa argumentou que o metrô deveria abrir concursos públicos em vez de recorrer à terceirização.
Na terça-feira passada, devido à paralisação, os passageiros tiveram que alterar suas rotas, recorrer a ônibus e carros de aplicativos ou utilizar as linhas concedidas que continuaram operando. O rodízio de veículos na capital foi suspenso, resultando em trânsito acima da média em todas as regiões durante a manhã e as aulas nas escolas estaduais foram suspensas.
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