Marinha do Brasil gasta R$ 372 milhões em operação em São Paulo
A Marinha do Brasil despendeu mais de R$ 37,2 milhões para realizar o afundamento do porta-aviões desativado São Paulo em fevereiro deste ano.
O navio havia passado vários meses navegando sem rumo próximo à costa de Pernambuco. A operação envolveu um total de 298 militares, conforme informações do Estado Maior da Armada, em resposta a um pedido feito com base na Lei de Acesso à Informação (LAI) pelo g1.
Operação da Marinha do Brasil: Afundamento do Porta-Aviões São Paulo
O dia 5 de outubro de 2023 marca exatamente um ano desde a chegada do porta-aviões desativado à costa de Pernambuco, para sua derradeira jornada.
O São Paulo era o único porta-aviões da Marinha brasileira e, após sua desativação, teve seu casco vendido à empresa turca Sök em 2021, por um valor de R$ 10 milhões, aproximadamente um quarto do montante gasto para afundá-lo.
A Marinha não esclareceu se a decisão de afundar o antigo porta-aviões foi embasada em algum parecer ou estudo técnico, apesar de afirmar que a recuperação da embarcação era inviável.
Na época, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) alertou que o afundamento poderia acarretar na morte de espécies marinhas e na degradação dos ecossistemas, devido às 9,6 toneladas de amianto presentes na estrutura da sucata da embarcação — substância cancerígena proibida no Brasil desde 2017, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Documentos de um processo no Ibama, obtidos pelo g1 por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), revelaram que os danos ao casco do São Paulo foram agravados pelo período em que a embarcação permaneceu no alto mar.
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Imagem: Reprodução/Marinha do Brasil