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Protestos na USP pedem a urgência de contratações de professores

Na manhã desta quinta-feira, estudantes em greve da Universidade de São Paulo (USP) retomaram os protestos devido à carência de professores na maior instituição pública de ensino do país.

O ato aconteceu em frente à reitoria da universidade, localizada no campus do Butantã, culminando em uma reunião às 10h30 entre representantes da USP e uma comissão de 11 estudantes, que entregaram uma carta com suas demandas.

Greve de Estudantes na USP devido à Falta de Professores

A reunião, infelizmente, acabou sem resolução, conforme afirmou a reitoria em comunicado: “A próxima reunião ficou marcada para a próxima quarta-feira, dia 4 de outubro”. A reitoria enfatiza sua disposição em buscar soluções através da negociação e da conciliação.

Contudo, o reitor Carlos Gilberto Carlotti Júnior não esteve presente na reunião, e a vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda se limitou a estar presente apenas nos 15 primeiros minutos, mesmo permanecendo no mesmo prédio durante o encontro.

Além disso, durante todo o tempo, os representantes da reitoria dificultaram o diálogo com os estudantes, como o próprio Centro Acadêmico de Letras da USP divulgou em suas redes sociais.

De acordo com a Associação dos Docentes da USP (Adusp), atualmente há uma carência de aproximadamente 1.000 professores na USP. Essa falta de docentes tem impactado negativamente o aprendizado e a grade curricular da maioria dos cursos na maior universidade do país, como o caso da habilitação do coreano, que não abrirá novas vagas em 2024 devido à falta de professores.

A greve estudantil teve início na quinta-feira passada (21) com alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e se expandiu para cerca de 65 cursos, incluindo a Escola Politécnica (Poli-USP), a Faculdade de Direito do Largo São Francisco e a Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e a própria Adusp.

Contradições da Reitoria

A vice-reitora da USP declarou que a atual gestão já iniciou a contratação de mais 879 professores. Entretanto, conforme o vídeo divulgado pelo reitor, dos 879 professores em contratação, apenas 70 seriam destinados à FFLCH, por exemplo.

Essa é a faculdade com maior contingente de alunos da USP e, para se ter uma ideia, levando em conta apenas a Letras, seria necessário no mínimo 114 novos professores imediatos para o curso atuar apropriadamente, como aponta o Dossiê do Desmonte do Curso de Letras.

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Imagem: Reprodução/Diplomatique