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Governo de São Paulo revela número de cracolândias no estado; quantidade surpreende

O governo de Tarcísio de Freitas (Republicano) identificou 143 cracolândias distribuídas por São Paulo. Esse dado foi revelado no Plano Plurianual 2024-2027, apresentado à Assembleia Legislativa de São Paulo em agosto, e tem como origem a Secretaria da Segurança Pública, liderada por Guilherme Derrite.

Contudo, o documento não fornece informações sobre as localizações específicas ou o tamanho de cada cracolândia.

Desafios na Redução das Cracolândias e Combate ao Consumo de Drogas em São Paulo

No presente momento, a cracolândia estabelecida no bairro de Santa Ifigênia, no centro de São Paulo, conta com aproximadamente 1000 dependentes químicos. Com isso, essa região tornou-se um foco de instabilidade, com registros de mortes, roubos e protestos.

De acordo com o Plano Plurianual 2024-2027, a intenção é reduzir gradualmente o número de cracolândias durante o mandato. Assim, com base nos números do plano, o próximo governante deverá enfrentar 94 cenas públicas de consumo de drogas em seu primeiro ano de mandato, que começa em 2027.

Esse Plano Plurianual 2024-2027 prevê que as ações relacionadas ao uso de drogas em locais públicos serão coordenadas pelas secretarias de Desenvolvimento Social, Saúde, Segurança Pública e Casa Civil, com um orçamento de R$ 322 milhões ao longo de quatro anos.

Clarice Madruga, pesquisadora da Unifesp e consultora técnica da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), ressalta a dificuldade de afirmar se uma redução significativa no número de cracolândias é viável, enfatizando a necessidade de políticas públicas de apoio social, como moradia e oportunidades de emprego, para lidar com essa população em situação de rua.

Ela também defende a implementação de ações preventivas para intervir precocemente na dependência química.

Outro objetivo mencionado no plano governamental é reduzir a taxa de crimes nas proximidades das cracolândias. Atualmente, a taxa de roubos e furtos nessas áreas está em 685 por 100 mil habitantes. O plano prevê uma redução gradual, chegando a 587 por 100 mil habitantes em 2026 e 557 por 100 mil habitantes no ano seguinte.

No entanto, para Felippe Angeli, coordenador de advocacia do Justa, a falta de transparência no plano é um problema, especialmente no que diz respeito à localização das cracolândias e à metodologia para reduzir os fluxos de consumo de drogas. Ele argumenta que o foco na redução de crimes em vez de nas necessidades dos usuários é inadequado.

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Imagem: Reprodução/Estadão