Privatização da SABESP pode acelerar com este esquema na Cidade de São Paulo
Na noite da última quinta-feira (16), o município de São Paulo assinou um termo de adesão à Unidade Regional de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário 1 – Sudeste (URAE). O mercado considera que essa é uma etapa importante para que a privatização da Sabesp de fato venha a acontecer.
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Expectativa dos especialistas é que a privatização da Sabesp avance
“O estado de São Paulo e o município de São Paulo reafirmaram o compromisso de manutenção dos investimentos, atingimento das metas e repasse para o Fundo Municipal, nos termos contratuais atualmente vigentes, bem como concordaram em buscar soluções colaborativas”, afirmou a Sabesp.
Depois do anúncio da assinatura do termo, as ações da empresa de saneamento foram avançando, tendo chegado a R$ 59,4. Já no Ibovespa, referência do mercado acionário, o aumento registrado foi de 0,73%. Segundo analistas do JPMorgan, não é possível determinar quais serão os impactos da adesão ao URAE.
Apesar disso, a leitura que pode ser feita é que a probabilidade da privatização da Sabesp aumenta, mas que ainda deverá ser turbulenta nos próximos meses. Vale ressaltar ainda que o governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), modificou o sistema de governança sobre os serviços de saneamento.
Com a mudança, feita via decreto, aumenta o peso de representação às regiões metropolitanas no âmbito do marco do saneamento. Depois da alteração, as ações da Sabesp fecharam em alta de 5,5%, a R$ 57,80. Analistas do Itaú BBA também estão apontando para um avanço em direção à privatização.
Lembrando que, no mês de julho, o governo definiu qual será o modelo de privatização da Sabesp. A escolha levou em consideração um que fosse mais flexível, que possua um acionista majoritário e captura de investimento a longo prazo. No modelo, o estado não deve se retirar totalmente da companhia.
Imagem: Reprodução/Folhapress