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Funcionários trabalham de mau humor em resposta a demissões de empresas

Nos últimos anos, tem havido mudanças significativas no mundo corporativo que impactaram as dinâmicas de trabalho. Desde ondas de demissão até a crescente influência da inteligência artificial (IA), passando pelas tendências de comportamento dos profissionais, diversas transformações têm sido observadas.

Uma tendência que ganhou destaque no ano passado foi o chamado “quiet quitting”, um movimento em que os funcionários realizam apenas o mínimo necessário para cumprir suas funções. Agora, uma nova tendência está prestes a emergir no mercado de trabalho: a “grumpy staying”.

O Impacto do mau humor e do “Grumpy Staying” no Ambiente Corporativo

Esse termo, que pode ser traduzido literalmente como “ficando de mau humor”, de acordo com a CNN Brasil, nos Estados Unidos, está sendo utilizado para descrever a situação de profissionais que optam por continuar em seus empregos, mesmo insatisfeitos com as condições.

Durante a pandemia de Covid-19, o mercado de trabalho norte-americano enfrentou uma situação atípica conhecida como “a grande renúncia”, quando cerca de 50 milhões de pessoas pediram demissão. Esse movimento possibilitou a troca de empregos e a busca por melhores condições de trabalho, desde salários mais altos até uma maior flexibilidade nos horários.

Parte das razões que impulsionaram esse novo comportamento está relacionada ao “quiet quitting”, onde funcionários insatisfeitos buscavam oportunidades melhores. No entanto, o cenário atual está passando por mudanças novamente.

A redução do crescimento salarial, demissões em massa em grandes empresas e a inflação no país podem estar contribuindo para que os trabalhadores permaneçam em seus cargos, mesmo contrariados.

Pesquisas sobre a taxa de desistência de empregos sugerem que essa tendência está avançando, uma vez que a taxa de demissões diminuiu este ano, de acordo com um levantamento realizado pela Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP).

Outra pesquisa aponta que os salários não estão acompanhando a inflação. Um estudo realizado pelo Hiring Lab revelou que, em maio deste ano, os salários aumentaram apenas 5,3%, representando uma queda de 9,3% em comparação com janeiro de 2022. Isso afeta os benefícios oferecidos pelas empresas, que também estão sendo reduzidos.

Apesar disso, o “quiet quitting” continua presente. O relatório “State of the Global Workplace 2023” da Gallup revela que 59% dos funcionários ainda estão manifestando esse comportamento. Esse dado indica que, apesar do “grumpy staying” estar surgindo como uma nova tendência, muitos profissionais ainda estão buscando ativamente alternativas para se sentirem mais realizados e satisfeitos em seus empregos.

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