Trabalhadores preferem se demitir a deixar o trabalho remoto, diz pesquisa
De acordo com uma pesquisa feita no final de 2022, quase 80% dos profissionais têm preferência por se demitir do que deixar de trabalhar remotamente. Já um outro levantamento mostra que mais de 60% dos trabalhadores que passaram do home office para o presencial sentem que a qualidade de vida piorou.
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Retorno ao presencial não foi preparado da forma adequada
A pesquisa feita pela startup Revelo indicou que 79% dos colaboradores preferem se demitir do que perder o formato remoto de trabalho. Já um levantamento do Infojobs e do Grupo TopRH apontou que 64,4% dos profissionais sentem que a qualidade de vida diminuiu com o retorno ao trabalho presencial.
O estudo ainda mostrou que a maior parte dos entrevistados (58,3%) se sente menos produtivo no final de um expediente de trabalho presencial, enquanto somente 21,3% se sente mais produtivo. Para 73,9% dos participantes, o setor de RH não criou ações para uma melhor gestão e engajamento na retomada.
Nas situações em que essas ações foram desenvolvidas, as principais são horários flexíveis (23,1%), estratégias pensando em bem-estar e saúde mental (21,8%), além de restauração do escritório (18,4%). No entanto, o número de iniciativas para reverter aspectos negativos do retorno foi muito pequeno.
Em 78,5% dos casos, a corporação não consultou a opinião do profissional antes de retornar ao formato de trabalho presencial ou híbrido. Dos entrevistados, 47,2% estão trabalhando no modelo 100% presencial, 33,2%, no modelo híbrido, enquanto 19,5% estão atuando de forma 100% remota.
Em relação às alterações dentro dos aspectos culturais da companhia, no atual modelo de trabalho, as principais foram reuniões desnecessárias (18,6%), liderança pouco preparada para gestão remota (14,2%) e liderança tóxica (12%). A pesquisa foi realizada em abril de 2023 e entrevistou 1.008 profissionais.
Imagem: Reprodução/Agência Brasil