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Casos de assédio moral e sexual em ambientes de trabalho registram aumento alarmante

Em comparação com o ano anterior, cresceu a quantidade de registros feitos por funcionários em canais de denúncias corporativos em 2022. Só no último ano foram mais de 150 mil denúncias. Além disso, houve aumento no número de queixas a cada mil empregados e de casos de assédio moral e sexual.

Uma pesquisa analisou 630 companhias brasileiras e indicou esse cenário preocupante dos ambientes de trabalho. Especialistas atribuem esses aumentos a diversos fatores, como a conscientização nesses espaços, o aumento de canais de denúncia e a maior confiança dos funcionários nesses mecanismos.

Cresce o assédio moral e sexual nos espaços de trabalho brasileiros

Os dados são de uma pesquisa da Aliant, empresa de soluções para compliance, ética e ESG. Os números indicam que houve um aumento expressivo de 21,5% no número de registros feitos por funcionários em canais de denúncia e que os casos de assédio moral e sexual tiveram um avanço de 13% no ano passado.

“O aumento dos relatos é resultado de uma conjunção de fatores, como a conscientização em relação a comportamentos não mais aceitos nas empresas, a multiplicação dos canais de denúncias e a maior confiança na eficácia desse mecanismo” afirma Fernando Fleider, CEO da ICTS, holding da Aliant.

Vale lembrar que, em março deste ano, entrou em vigor a Lei 14.457/22, que obriga as companhias com Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) a desenvolverem medidas para evitar os casos de assédio nos escritórios, como canais para o recebimento, investigação e acompanhamento de denúncias.

O levantamento ainda mostra que o tempo médio de apuração dos casos cresceu 14,8%, de 47 para 54 dias, enquanto o uso do telefone para enviar denúncias diminuiu dez pontos em comparação com o ano de 2021. Já a utilização de meios eletrônicos para denunciar esses casos acontece em 68% das situações.

Imagem: Reprodução/Unsplash