Empresas enfrentam problemas para contratar profissionais destas áreas
De acordo com consultores de RH, empresas estão com dificuldades para contratar profissionais de algumas áreas de atuação. Alguns perfis de trabalhadores são procurados por até um mês até serem encontrados e a média de aumento salarial para candidatos já empregados varia entre 20% e 35%.
É nesse sentido que, diante da falta desses profissionais qualificados, a principal saída encontrada por essas empresas é tentar formar talentos em seus próprios domínios. Conheça quais são as áreas de atuação com falta de colaboradores no mercado e qual a solução encontrada para essa dificuldade.
Áreas financeira e comercial estão com falta de profissionais
Segundo Cadu Altona, sócio fundador da EXEC, consultoria especializada em recrutamento de executivos, mesmo que, geralmente, a área de tecnologia da informação tenha dificuldades para preencher vagas, no ano de 2023, os setores financeiro e comercial são aqueles com maior escassez de colaboradores.
“Historicamente, a área de tecnologia [TI] sempre apresentou o maior entrave para atração de talentos porque a oferta não atende a escalada da transformação digital nas companhias”, explica Altona. “Há ajustes [nas equipes] das startups e queda na oferta de crédito dos fundos de venture capital.”
De acordo com Léia Cardoso, gerente corporativa de RH da Ancar Ivanhoé, 25% da equipe de dois mil funcionários precisa ser considerada de “alta qualificação”. “Os anos de pandemia trouxeram um olhar voltado para a área de TI e cargos ligados à inovação e digital foram mais difíceis de preencher”, afirma.
Já na avaliação de Ricardo Haag, sócio da Wide, de recrutamento e seleção de lideranças, as companhias têm a oportunidade de encorpar a base de times qualificados através de programas de sucessão, capacitação e retenção, uma vez que “somente a remuneração não é mais suficiente para reter”.
Lucas Toledo, diretor executivo da consultoria de recrutamento PageGroup Brasil, concorda com Haag e aponta que mais líderes estão investindo em “assessment” para responder à escassez de colaboradores. “São ações de até um ano, com treinamentos que incluem mentorias e análise de competências”, explica.
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