Fim dos cargos em empresas? Nova pesquisa explica o motivo
Por muito tempo, o conceito de cargos foi a base do funcionamento das grandes corporações, onde o nome do posto ocupado delimitava as funções de cada funcionário e definia a estrutura e a hierarquia de uma empresa. No entanto, em um mundo com poucas fronteiras, esse visão tem pouca efetividade.
Nesse sentido, um novo levantamento mostra mudanças profundas das rotinas de trabalho em relação a como a força de trabalho está sendo gerida nos mais diversos aspectos, dentro dessas corporações. E a tendência é pelo fim dos cargos no mundo do trabalho. Saiba sobre a mais nova pesquisa com relação ao tema.
Maioria defende menor importância para os cargos
De acordo com a pesquisa Tendências Globais de Capital Humano 2023, da Deloitte, parar de dar tanta importância aos cargos é importante para o sucesso das empresas. O levantamento mostra uma tendência de transformações profundas da gestão da força de trabalho nos mais diferentes aspectos.
Segundo a pesquisa, 93% dos entrevistados afirmam que deixar de focar em cargos é importante ou muito importante para o sucesso da corporação. Somente 19% dos executivos e 23% dos trabalhadores consideram que o trabalho está mais bem estruturado através dos empregos no modelo tradicional.
Ana Mocny, sócia de Consultoria em Capital Humano da Deloitte, explica que “as organizações estão adotando um modelo operacional novo, que coloca as habilidades, mais do que cargos, no centro de suas estratégias. As pessoas podem ampliar suas oportunidades de carreira, sua empregabilidade”.
Por outro lado, apenas 20% acredita que as empresas estejam preparadas para enfrentar o desafio do fim dos cargos, o que representa uma lacuna de prontidão significativa. A pesquisa foi realizada com mais de 10 mil profissionais de 105 países (sendo 234 entrevistados do Brasil) e identificou diversas tendências.
Luiz Barosa, sócio de Consultoria em Capital Humano da Deloitte, aponta que “novos fundamentos devem ser construídos para ajudar os empregados e as organizações a navegar em um mundo onde as fronteiras estão desaparecendo”. “Implementar estes fundamentos exige uma nova mentalidade”, conclui.
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