Seguindo uma tendência nacional, o estado de São Paulo registra um aumento expressivo no número de mortes de ciclistas. A quantidade é alarmante, pois, em média, um ciclista morre por dia no estado. O levantamento indica que a maior letalidade está nas estradas, apesar de a quantidade de cliclistas nelas ser menor do que nas cidades.
Nos demais estados do país, também cresce a quantidade de ciclistas mortos nas áreas urbanas e nas estradas. Oferecer segurança e infraestrutura para bicicletas nas cidades ainda é um desafio enorme em todo o país, o que impede a maior adesão ao meio de transporte. Saiba mais sobre os números recentes.
Segundo o Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito (Infosiga), em 2021 o número de mortes de ciclistas foi de 321 no estado de São Paulo. Já em 2022, o levantamento mostra um crescimento desse número, que passou para 357, ou uma morte por dia em média.
Do total, 56,5% foram em vias municipais e 33,9%, em estaduais. Hanna Arcuschin Machado, especialista em mobilidade urbana e pesquisadora, explica que "embora a quantidade de ciclistas seja muito maior nas áreas urbanas, nas estradas a letalidade é maior, por conta da velocidade, entre outros aspectos".
Já no Brasil, os números do DATASUS, do Ministério da Saúde, mostram que houve 1.906 mortes de ciclistas em acidentes em 2021, quantidade que tem aumentado ano após ano. Portanto, os desafios para fornecer segurança para aqueles que pedalam estão presentes em todos os estados.
Goiânia esteve no topo do ranking em 2021, com taxa de 1,36 acidentes com ciclista por 100 mil habitantes, seguido por Curitiba (PR), com taxa de 1,07 mortes por 100 mil habitantes. Já São Paulo apareceu na penúltima posição entre 13 cidades analisadas, com taxa de 0,05 por 100 mil habitantes.
Os especialistas apontam que oferecer melhores condições aos ciclistas pode ser um incentivo para o transporte conquistar novos adeptos. Uma pesquisa do Perfil do Ciclista 2021 indica que infraestrutura e segurança no trânsito são os principais incentivos para 55,6% e 26,8% das respostas, respectivamente.
Imagem: Reprodução/Freepik
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