O instituto Locomotiva realizou uma pesquisa em São Paulo que revela que 69% dos alunos consideram as escolas estaduais ambientes perigosos para se viver. A pesquisa foi feita em parceria com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
Os resultados não são muito animadores: para os estudantes, existe um nível médio ou alto de violência nas escolas estaduais. Para os professores, o percentual é de 68% e, para as famílias, o número chega em 75%.
A pesquisa ainda abrangeu ainda a diferença entre escolas do centro de São Paulo ou na periferia da cidade, e 64% dos alunos do centro acham a escola perigosa, em comparação com os 74% que estudam em periferias.
Segundo o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, para o Agência Brasil, "esse clima de violência não começa por acaso. Quando nós temos jovens estudantes estimulados a resolver divergências através da violência e não do diálogo, a sociedade fica mais permeável a casos de violência. Isso se dá no estímulo a crianças fazerem o gesto de uma arma de fogo na mão, a movimentos baseados em mentiras, que estimulam crianças contra os professores".
A pesquisa ainda mostra que 98% dos estudantes, 96% dos professores e 97% dos familiares acredita que o governo deve dar mais condições de segurança para a escola, sendo uma unanimidade entre todos os envolvidos.
Segundo a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, a professora Bebel, disse que no pós-pandemia, depois da volta às atividades normais nas escolas estaduais, projetos de atenção psicológica para os alunos deveriam ter sido feitos.
Muitos jovens, professores e funcionários perderam pessoas próximas, além da defasagem educacional. Isso requer mais cuidado ainda com os jovens, e as tragédias que vêm acontecendo não tem ajudado muito na manutenção da saúde mental dos estudantes.
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