O cenário econômico do Brasil para 2025 parece promissor em termos salariais. De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria Michael Page, um expressivo número de empresas está planejando oferecer aumentos reais nos salários de seus funcionários. A pesquisa entrevistou 6,8 mil profissionais e empresas no país, revelando que mais de três em cada dez organizações estão comprometidas em proporcionar esse ajuste salarial no próximo ano.
Os valores dos aumentos variam conforme a política de cada empresa. Cerca de 22,8% das instituições afirmaram ter planos para melhorar a remuneração em faixas de 5% a 6%. No entanto, apenas uma parcela de 10,3% pretende realizar um aumento mais significativo, entre 9% a 10%, enquanto 5,9% das companhias planejam um aumento substancial de 10% a 15%.
Setores tradicionais do mercado, como automotivo, infraestrutura, construção e agronegócio, estão na liderança quando se trata de aumentos salariais. Stephano Dedini, diretor da Michael Page, destaca que essas áreas têm puxado os reajustes devido a uma forte dinâmica de mercado. Tais setores apresentam demandas específicas que exigem profissionais cada vez mais qualificados, elevando a necessidade de competitividade nas ofertas salariais para conseguir reter talentos.
Outra razão para os reajustes é a seniorização e sofisticação de cargos, além de uma busca crescente por profissionais qualificados. O aumento da inflação e o custo de vida também são fatores que pressionam as empresas a reavaliar a remuneração de seus colaboradores para se manterem atraentes no mercado de trabalho.
A pesquisa não apenas aponta aumentos para funcionários atuais, mas também evidencia a possibilidade de melhorias salariais para novas contratações. Aproximadamente 33,3% das empresas planejam ajustar os salários para novas posições em uma faixa de 6% a 10%, enquanto 14,7% consideram aumentos ainda maiores, entre 11% a 20%. Contudo, 23,1% das organizações não pretendem alterar os salários inicialmente oferecidos para novas vagas.
Além da busca por retenção e atração de talentos, as taxas de desemprego no Brasil têm diminuído, indicando um mercado de trabalho mais aquecido e competitivo. Dados mais recentes do IBGE apontam que o país está experimentando uma taxa de desemprego de 6,2% até outubro, a mais baixa desde 2012. As empresas que planejam subir os salários (38,4%) estão em maior número do que aquelas que ainda não decidiram ou optaram por não mexer na remuneração.
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