Uma nova pesquisa procura medir quais são as principais justificativas dadas pelas empresas quando realizam demissões em massa. De acordo com os resultados, "desafio", "cenário macroeconômico" e "reduzir" são as palavras mais presentes durante a dispensa.
Em meio a uma desaceleração no crescimento dos negócios e ao medo de uma recessão, 500 empresas de tecnologia já demitiram 148 mil funcionários. O que é muito comum é que nem sempre os comunicados são bem elaborados no momento da demissão.
Saiba como costumam ser esses comunicados.
Segundo um levantamento do jornal americano The Washington Post, as palavras “reduzir”, “cenário macroeconômico” e “desafio” aparecem, respectivamente, em 38 (79,1% do total), 24 (50%) e em 23 (47,9%) de um total de 48 comunicados de dispensa analisados.
Já as palavras “ajustar”, “enxugar” e “erro” são menos utilizadas nesses tipos de memorandos. Participam do levantamento empresas como a Alphabet (proprietária do Google) e a Microsoft, além de pequenas e médias startups do Vale do Silício.
A maior parte dos comunicados menciona os tempos econômicos difíceis. Segundo Laura Mazzullo, da East Side Staffing, uma empresa de recrutamento de executivos, "falar de economia é tão vago, é um bode expiatório fácil". Nesse caso, o objetivo pode parecer transferir a culpa para uma causa externa.
Já dois terços dos memorandos comentam a necessidade de "eficiência" nas operações da empresa, como se fosse responsabilidade do demitido. Sandra Sucher, professora da Harvard Business School, diz que "é complicado confundir a performance do funcionário com o desempenho da corporação".
Já no Brasil, por exemplo, a Loggi efetuou 750 demissões entre 2022 e 2023. De acordo com a empresa, os motivos para a dispensa são a guerra na Ucrânia e a inflação alta no país, situações que acabaram impactando diversos setores da companhia.
Imagem: Reprodução/Freepik
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