O preconceito no ambiente de trabalho continua a afetar significativamente a vida profissional de minorias em todo o Brasil. Uma pesquisa do Instituto Locomotiva revela que cerca de 55,6 milhões de brasileiros já enfrentaram assédio, discriminação ou preconceito durante a atividade laboral. Isso representa quase 40% das pessoas que já passaram por tais situações desagradáveis.
Com a maioria dos casos indo sem serem reportados, aproximadamente 70%, o silêncio das vítimas é muitas vezes motivado pelo temor de retaliações ou pelo ceticismo quanto à eficácia das medidas corretivas existentes. Manu Pelleteiro, especialista em RH, ressalta a importância de uma mudança de cultura dentro dos departamentos de RH. “É crucial que haja políticas claras de comunicação e uma garantia de que as demandas serão tratadas com seriedade e confidencialidade”, diz ela.
De acordo com o estudo, o preconceito é mais prevalente entre mulheres, pessoas não-hétero e outros grupos marginalizados do que entre homens, brancos e héteros. Esse tipo de ambiente não só perpetua desigualdades mas também destaca problemas estruturais na cultura corporativa atual.
O etarismo, ou discriminação por idade, é outra faceta preocupante da cultura de trabalho atual. Quase 87% dos brasileiros concordam que profissionais mais velhos enfrentam maiores dificuldades no ambiente de trabalho, com a percepção aumentando para 93% entre aqueles acima dos 61 anos de idade.
“Este tipo de preconceito subestima frequentemente a experiência e o conhecimento que os trabalhadores mais velhos podem oferecer”, comenta Pelleteiro. A especialista enfatiza a importância de iniciativas que promovam a integração entre gerações para um compartilhamento enriquecedor de conhecimentos e habilidades.
Encontrar soluções eficazes para combater o preconceito no ambiente de trabalho exige ações concretas. Pelleteiro sugere que o primeiro passo é liderar pelo exemplo. “As lideranças devem demonstrar, através de ações práticas, que o respeito e a igualdade são princípios fundamentais nas suas políticas e cultura organizacional”, afirma.
Por fim, a especialista ressalta que apenas a mudança de políticas internas não basta. É necessário um compromisso contínuo para com a transformação cultural que valorize verdadeiramente a diversidade e a inclusão no ambiente de trabalho.
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