As mudanças que o projeto Drex trará para a economia brasileira terão diversos efeitos na população e o mundo do trabalho também não ficará de fora dessa transformação.
De acordo com Bruno Grossi, gerente de tecnologia do Inter, em uma entrevista exclusiva para a EXAME, como parte do Especial: Real Digital, o lançamento da moeda digital de banco central (CBDC) do Brasil abrirá novas oportunidades e desafios, uma vez que se encaixa em um novo contexto tecnológico no mercado financeiro, baseado na Economia Tokenizada. Confira!
Grossi projeta que o Drex proporcionará um horizonte de descobertas, que levará à criação de novos produtos e desafios, fomentando, assim, novas oportunidades de emprego. Isso exigirá profissionais mais qualificados, especialmente aqueles com conhecimento interdisciplinar em áreas cruciais nesse contexto, como Tecnologia, Finanças e Direito.
Em relação ao impacto nas instituições financeiras, Grossi acredita que a tesouraria será a área mais impactada, uma vez que o Drex pode unificar o sistema de comunicação dos bancos. Isso tornará as operações mais ágeis e reduzirá os custos.
Além disso, áreas como investimentos, seguros e empréstimos serão afetadas pelas possibilidades de novos produtos e formas de lidar com ativos, exigindo criatividade na busca por novos modelos de negócios. As áreas jurídica e de segurança também enfrentarão desafios e terão que se adaptar a novos paradigmas e uma nova maneira de lidar com o dinheiro.
Por um lado, o Drex mudará a forma como certas atividades são realizadas, mas, por outro lado, criará novas exigências e necessidades de conhecimento para os profissionais desses setores. De acordo com Grossi, existem dois caminhos de conhecimento essenciais para se destacar nesse cenário.
O primeiro é o conhecimento teórico, que envolve a compreensão dos conceitos da Web3 e seu impacto no relacionamento das pessoas com a internet e a tecnologia. A economia descentralizada e a propriedade de ativos digitais pelos usuários são conceitos-chave que moldarão o desenvolvimento de novos produtos.
O segundo conhecimento é prático e requer habilidades e competência em áreas como criptografia, blockchain e smart contracts (contratos inteligentes), que formam a base do desenvolvimento do Drex e dessa nova realidade tecnológica, em que estamos inseridos.
Imagem: Reprodução/Extra
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