De acordo com dados recentes da Secretaria de Segurança Pública (SSP), as mortes cometidas por policiais militares paulistas cresceram mais de 8% no primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado. A elevação foi causada por casos envolvendo agentes de folga.
Esse crescimento é um cenário contrário ao apresentado no último ano, quando os indicadores de letalidade policial alcançaram uma queda recorde após a implementação de câmeras no corpo dos policiais. Desde 2021, a medida começou a ser adotada gradativamente.
Saiba mais sobre os novos dados divulgados.
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), divulgados na última terça-feira (25), entre janeiro e março, ocorreram 104 óbitos envolvendo policiais militares do estado. Em 75 desses casos, a PM estava em serviço e nos outros 29, de folga.
Os números indicam um aumento de 8,3% em relação ao mesmo período do ano passado. A alta ocorre por causa do crescimento de casos envolvendo policiais fora do serviço. Em 2022, foram registrados 22 desse tipo, ou seja, sete a menos do que nos primeiros meses de 2023.
David Marques, coordenador de projetos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), afirma: "principalmente no início da gestão, o secretário teve falas de apoio a algumas ocorrências de letalidade policial no momento da apuração".
"Ele [o secretário Guilherme Derrite] tem modulado mais o seu discurso público no momento, mas ele tem um histórico associado à questão da letalidade que é importantíssimo, e que de alguma forma pode influenciar na atuação dos policiais na ponta", explica.
De acordo com Marques, a elevação dos números, nos dois primeiros meses, já ligou um alerta para esse problema. A partir dos novos dados divulgados, ficam evidentes a nova dimensão do cenário e a necessidade de que investigações precisam ser feitas para entender o motivo dessas mortes.
Imagem: Reprodução/R7
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