Neste começo de ano, gigantes varejistas brasileiras declararam que estão passando por dificuldades financeiras. É o caso da Americanas, que realizou demissões em massa e entrou em falência. Com uma dívida de R$ 43 bilhões, a empresa requisitou um pedido de recuperação judicial em janeiro.
Um outro exemplo recente foi o Ricardo Eletro. Os economistas afirmam que existem três fatores que levam a essa situação financeira: a taxa de juros, a condição dos consumidores e um novo comportamento dos compradores. Entenda mais a crise das grandes varejistas brasileiras.
De acordo com Wallace Pereira, conselheiro do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais (Corecon-MG), "os trabalhadores, quando não têm perspectiva muito clara de manutenção do emprego, reduzem o consumo, o que também prejudica as empresas varejistas."
Portanto, o que se evidencia é que a condição dos consumidores brasileiros não é boa e influencia nas vendas das varejistas brasileiras. Para além disso, o comportamento dos compradores mudou e hoje muitas aquisições têm sido feitas no ambiente digital, o que favorece empresas estrangeiras.
E também as taxas de juros muito elevadas são um fator de impacto significativo, uma vez que as varejistas precisam de empréstimos para investir na compra de produtos. O valor de juros do crédito hoje está associado com a taxa Selic, que é determinada pelo Banco Central.
Nesse sentido, Wallace explica que "as empresas pegam muitos empréstimos, pois o percentual de lucro é menor [do que em outros setores], então precisam comprar em larga escala. Assim você ganha mais descontos."
Segundo o conselheiro, as medidas que precisam ser tomadas são o renegociamento de dívidas e a implementação de políticas para estimular os consumidores, como a geração de empregos. Com o aumento de trabalhadores formais, a perspectiva melhora e as vendas tendem a crescer.
Imagem: Reprodução / G1
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