A América Latina destaca-se na adoção do trabalho híbrido, combinando dias no escritório e em casa, segundo a consultoria JLL. Na região, 72% das empresas adotaram esse modelo, superando Europa, Oriente Médio e África (54%), Ásia-Pacífico (44%) e Estados Unidos/Canadá (41%).
No Brasil, a adesão foi ainda maior, com 86% das empresas adotando o sistema híbrido, sendo que 45% preferem dois dias presenciais e três remotos. A pesquisa da JLL envolveu 289 gerentes financeiros e de RH da América Latina.
Após a pandemia, o Brasil viu um aumento na proporção de empresas com funcionários trabalhando exclusivamente em casa (4,8%), enquanto o trabalho totalmente presencial caiu para 9,5%.
Andreza Silva, da JLL, atribui essa preferência cultural pelo trabalho híbrido ao valor da interação social no Brasil e na América Latina. Roberto Patino acrescenta que a flexibilidade é favorecida em uma região frequentemente em crise.
Embora todos os setores tenham migrado para o híbrido, construção, saúde, farmacêutica, manufatura e logística mantiveram mais o presencial, enquanto tecnologia, consultoria e bens de consumo abraçaram o remoto.
Empresas menores tendem a preferir um modelo único devido ao peso dos custos de aluguel. A pesquisa revela que 51% das empresas planejam mudar o modelo de trabalho, com uma demanda crescente por contratos curtos de locação em prédios corporativos.
A perda de produtividade não é o maior desafio, segundo a pesquisa, que destaca o baixo comparecimento ao escritório, o sentimento de pertencimento dos novos funcionários e a retenção de talentos como desafios mais significativos.
Silva enfatiza a importância da transparência dos empregadores sobre os benefícios do modelo de trabalho e as regras a serem seguidas pelos funcionários. Patino ressalta a necessidade de instalações adequadas para competir com o ambiente de trabalho em casa.
Imagem: Reprodução/Freepik
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