O mercado de trabalho formal no Brasil apresentou um crescimento significativo em setembro de 2024, conforme divulgado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. Nesse mês, foram criados 247.818 empregos com carteira assinada, um número que reflete a diferença entre contratações e demissões realizadas.
Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o aumento na criação de empregos foi de 21,1%. Em setembro de 2023, haviam sido gerados 204.670 empregos, quando considerados os dados ajustados — que incluem declarações entregues com atraso pelos empregadores. Assim, setembro de 2024 marca o maior volume de criação de empregos desde o início da nova metodologia do Caged em 2020.
A abertura de postos de trabalho em setembro variou entre os diferentes setores econômicos. Quatro dos cinco ramos de atividade pesquisados registraram crescimento na criação de empregos formais. O setor de serviços liderou a estatística, com 128.354 novos postos, sendo seguido pela indústria, que registrou um aumento de 59.827 empregos. O comércio ocupou a terceira posição, aumentando em 44.622 vagas o emprego formal.
O segmento da construção civil também demonstrou um crescimento considerável, com a criação de 17.024 postos. Em contrapartida, a agropecuária foi o único setor a apresentar saldo negativo em setembro, com a eliminação de 2.004 vagas, impactado pelo término de várias safras.
Dentro do setor de serviços, o crescimento foi impulsionado pela área de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com a adição de 55.860 novos empregos formais. A administração pública, educação, saúde humana e serviços sociais também contribuíram significativamente, somando 31.046 vagas.
Na indústria, a maior contribuição veio da transformação, que resultou na contratação líquida de 45.803 trabalhadores. Além disso, o setor de água, esgoto, gestão de resíduos e descontaminação gerou 2.285 novas vagas, mostrando um desempenho positivo dentro do contexto industrial.
As cinco regiões brasileiras registraram aumento de empregos com carteira assinada em setembro. O Sudeste destacou-se, liderando com 98.282 novos postos, seguindo pelo Nordeste, que adicionou 77.175 vagas ao mercado de trabalho. O Sul, com 38.140 postos, e as regiões Norte e Centro-Oeste, com 15.609 e 15.362 novos empregos respectivamente, também mostraram crescimento, apesar do impacto sazonal no Centro-Oeste devido ao fim da safra.
No ranking das unidades da Federação, São Paulo foi destaque ao criar 57.067 novos postos de trabalho. Rio de Janeiro e Pernambuco também se destacaram com 19.740 e 17.851 novas vagas, respectivamente. Por outro lado, os estados que registraram os menores aumentos foram Rondônia, Roraima e Acre, com menos de mil novos empregos cada.
O resultado acumulado nos primeiros nove meses de 2024 supera os números do ano passado, evidenciando um crescimento contínuo no mercado de trabalho formal. De janeiro a setembro, foram criadas 1.981.557 vagas, um aumento de 24% em comparação com o mesmo período de 2023. Esses resultados sugerem uma retomada econômica que pode continuar a fortalecer o mercado de trabalho no Brasil nos próximos meses.
O cenário positivo do mercado de trabalho formal no país reflete tanto uma recuperação econômica quanto uma reconstrução dos setores mais afetados por crises anteriores. Se a tendência atual continuar, espera-se que o Brasil possa registrar um dos melhores desempenhos na criação de postos de trabalho no pós-pandemia.
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