De acordo com informações publicadas por ela, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) chegou à marca de mais de 12 mil atendimentos a pacientes com hemofilia por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados consideram os registros feitos de 2022 até o começo deste ano.

O intenso crescimento deve ser levado em consideração neste dia 17, o Dia Mundial da Hemofilia. A data foi criada justamente para conscientizar a população acerca dessa condição genética, mais comum entre pessoas do sexo masculino e com os primeiros sintomas identificados já na infância.

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São Paulo tem crescimento nos atendimentos de casos de hemofilia

O registro de 12,6 mil atendimentos a pessoas com hemofilia no estado indica grande alta. Os números foram divulgados pela SES-SP e são relativos à passagem de pacientes apenas pelo SUS, sem contar os atendimentos feitos por redes particulares de saúde.

José Bressa, hematologista do Hospital Regional de Presidente Prudente Dr. Domingos Leonardo Cerávolo (HRPP), afirma que “a hemofilia é um distúrbio de coagulação de origem genética que ocasiona na diminuição de fatores de coagulação".

Os fatores de coagulação são proteínas responsáveis pela formação do coágulo sanguíneo. Segundo Bressa, com a diminuição dessas proteínas, o organismo não consegue produzir o "tampão", o que pode levar ao aumento de sangramentos e hemorragias.

Os primeiros sinais da doença aparecem entre os 6 meses e o primeiro ano de vida. Com a maior movimentação da criança, surgem os primeiros sangramentos. Para um hemofílico, qualquer pequena contusão pode levar a um sangramento de grandes proporções ou a quadros ainda mais sérios.

De acordo com Bressa, “o tratamento consiste na reposição dos fatores de coagulação sempre que necessário. Pode ser antes de uma cirurgia ou quando ocorre o sangramento por um trauma". Mas ele explica que orientações médicas devem acompanhar o paciente por toda a vida.

Imagem: Reprodução/Unsplash