De acordo com um estudo conduzido pelo grupo suíço Julius Baer, São Paulo ascendeu para a nona posição na lista dos lugares mais caros em que a elite pode morar. São Paulo tem mostrado um constante avanço em cada pesquisa. Em 2021, estava classificada em 21º lugar e, no ano seguinte, ocupou a 12ª posição.
A pesquisa Global Wealth and Lifestyle Report revela que as cidades mais caras estão localizadas na Ásia. A liderança é ocupada por Cingapura, seguida por Xangai e Hong Kong. O resultado é que os classificados como super-ricos despendem uma quantia maior em São Paulo do que em Miami para sustentar seu padrão de vida. Entenda!
Pesquisa criteriosa
Para calcular o custo de vida, o estudo considera uma seleção de bens e serviços premium consumidos por uma população com patrimônio superior a US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 5 milhões) nas 25 principais cidades globais. Essa lista abrange despesas como whisky, vinho e passagens aéreas em classe executiva, entre outros.
A pesquisa foi realizada entre os meses de fevereiro e março deste ano e, para Esteban Polidura, estrategista de investimento nas Américas do Julius Baer, “há uma combinação de fatores em São Paulo. A mais importante tem a ver com produtos importados. No Brasil, as taxas (para importação) são mais altas do que em outros países”.
A alta da inflação
No relatório atual, a pesquisa revelou que o custo de vida para os super-ricos aumentou 6% nos últimos 12 meses, em termos de dólar, e 13% em moedas locais. No Brasil, o aumento foi de 18,4%. Polidura afirma que o aumento dos preços em moeda local foi mais significativo devido à força do dólar nos últimos meses.
O aumento dos preços globais pode ser atribuído principalmente a dois fatores: 1) há uma elevação nos preços das matérias-primas e suprimentos, observada desde o auge da pandemia, influenciada pela desorganização das cadeias de produção; 2) há uma demanda reprimida por bens e serviços, que começou a se manifestar após o fim da fase crítica da crise sanitária.
A instituição Julius Baer marca presença em 25 nações e administra aproximadamente US$ 477 bilhões em ativos.
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