São Paulo registra aumento de furtos em 2023; saiba mais
Entre janeiro e novembro de 2023, a cidade de São Paulo enfrentou 229.639 casos de furto, equivalente a uma média de 28,6 ocorrências por hora na capital. Isso representou um aumento de 7% em comparação ao mesmo período do ano anterior, com 15.219 casos a mais registrados em 2023.
Os números de furtos nos primeiros onze meses de 2022 foram de 214.420, enquanto durante todo o ano de 2022 foram 235.449 casos. Os dados referentes a dezembro de 2023 ainda não foram divulgados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Desafios na Segurança Pública de São Paulo e Planos de Enfrentamento: Um Olhar sobre Furtos e Estratégias Governamentais
O governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), destacou a segurança pública como a principal área de preocupação para a gestão após um ano no cargo. Em uma entrevista, ele expressou sua inquietação: “É hoje aquilo que mais me preocupa. A questão da segurança pública? A questão da segurança pública. Não adianta eu chegar pra você e falar que aumentamos a apreensão de drogas, apreendemos 250 toneladas, impusemos um prejuízo pro crime. Ninguém se alimenta de estatística. A gente tá vendo todo o dia alguém perdendo o celular”.
Tarcísio também abordou os planos para enfrentar o problema, destacando a autorização para a contratação de 13 mil novos policiais e a necessidade de reforçar o policiamento ostensivo. Ele mencionou a instalação de mais bases policiais no Centro de São Paulo e em áreas com maior índice de criminalidade.
Quanto ao uso de câmeras corporais em agentes da Polícia Militar, o governador questionou sua efetividade na segurança do cidadão, afirmando: “Qual é a efetividade da câmera corporal na segurança do cidadão? Nenhuma”. No entanto, um estudo da FGV contratado pelo governo em 2022 indicou uma redução de 57% nas mortes decorrentes de intervenção policial em batalhões que adotaram o equipamento.
Apesar de a PM ter anunciado estudos para expandir o programa em junho de 2023, ao longo do ano, o governo cortou quatro vezes o orçamento do programa, não adquirindo novas câmeras. A gestão Tarcísio justificou que os cerca de R$ 37 milhões destinados ao programa foram investidos em outras áreas do trabalho policial.
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