Empregos e Concursos
Encontre seu novo trabalho ou vaga pública em concurso.

Pesquisa revela grande desejo dos profissionais LGBTQIA+ em deixar seus atuais empregos; entenda o motivo

Cerca de um terço dos profissionais que se autoidentificam como LGBTQIA+ estão ponderando deixar suas posições atuais e migrar para uma empresa mais inclusiva, de acordo com uma recente pesquisa conduzida pela consultoria Deloitte.

Com base nas experiências de quase 5.500 pessoas LGBTQIA+ em 13 nações, incluindo o Brasil, o estudo revelou que a proporção daqueles que estão considerando mudar de empresa é ainda maior entre os profissionais LGBTQIA+ e aqueles pertencentes a grupos étnicos minoritários.

Diversidade no trabalho

A diversidade na força de trabalho emerge como o principal aspecto considerado pelos profissionais ao escolher um empregador, conforme revelado por 69% dos entrevistados na pesquisa.

Ela vem seguida pelo compromisso interno com a inclusão de indivíduos LGBTQIA+ (63%) e a presença de líderes abertamente LGBTQIA+ (53%) na empresa.

Em linha com esses resultados, apenas 43% dos profissionais afirmaram sentir-se confortáveis em expressar sua orientação sexual no ambiente de trabalho.

Um terço dos entrevistados mencionou sentir-se à vontade para revelar sua sexualidade no trabalho com apenas um círculo restrito de pessoas.

Além disso, 3 em cada 10 relataram sentir-se desconfortáveis, mas estão tentando ser mais abertos.

Tabu nas empresas?

Jackie Henry, sócio-gerente de pessoas da Deloitte, enfatiza que as organizações precisam fazer mais para criar um ambiente seguro onde os funcionários LGBTQ+ possam se sentir confortáveis no trabalho.

A pesquisa também revelou que, à medida que os funcionários envelhecem, tendem a se sentir mais à vontade em relação ao assunto no ambiente de trabalho.

Apenas 37% dos funcionários em estágios iniciais de carreira afirmaram se sentir confortáveis em revelar sua orientação sexual, em comparação com 43% dos funcionários em níveis médios e superiores e 51% daqueles em cargos de liderança.

A preocupação de ser tratado de maneira diferente devido à orientação sexual (39%) ou identidade de gênero (46%) foi citada como o principal motivo.

Quando se trata da orientação sexual, a preferência por manter a vida pessoal em sigilo no trabalho foi o segundo motivo mais mencionado (37%).

Como era de se esperar, ter aliados no local de trabalho é extremamente importante para os profissionais. Cerca de 61% dos entrevistados que compartilharam sua orientação sexual com pelo menos algumas pessoas no trabalho afirmaram que esse apoio os incentivou a se assumirem.

Imagem: Reprodução/Freepik