Empregos e Concursos
Encontre seu novo trabalho ou vaga pública em concurso.

Mortes no trânsito da cidade de SP tem maior número desde 2015

O índice de mortalidade no trânsito da cidade de São Paulo atingiu seu pico em oito anos, de acordo com os dados recentes divulgados pelo Infosiga, sistema de monitoramento de acidentes do governo estadual. Ao longo do ano de 2023, 987 pessoas perderam a vida nas vias da capital paulista, marcando o maior número desde 2015, quando 1.129 pessoas foram vítimas do trânsito.

Essa estatística revela uma média de mais de duas mortes por dia no tráfego da cidade. Comparado a 2022, houve um aumento de 7,6% no número de vítimas fatais, que foram 917 naquele ano. O Ministério dos Transportes destaca um crescimento de 3,2% na frota de veículos na capital nos 11 primeiros meses de 2023, passando de 9,13 milhões para 9,43 milhões de veículos.

Desafios Crescentes no Trânsito de São Paulo: Aumento Alarmante nas Mortes em 2023

A nível estadual, o Detran informa uma queda de 1,5% no total de mortes, passando de 5.420 óbitos em 2022 para 5.500 em 2023. As principais vítimas na cidade são os motociclistas, representando 43% do total de óbitos, com 426 mortes registradas em 2023, um ligeiro aumento em relação às 424 de 2022.

Dentre esses índices, jovens de 18 a 29 anos são a faixa etária mais afetada, com os homens respondendo por 81,56% das mortes.

A Prefeitura de São Paulo afirma que implementou diversas medidas para reduzir acidentes, feridos e mortes no trânsito, de acordo com o Plano de Segurança Viária. Entre as ações, destacam-se a faixa azul para motocicletas, ampliação das frentes seguras nos semáforos, proibição de circulação de motos em trechos específicos das marginais Pinheiros e Tietê, além de cursos gratuitos para motociclistas.

Flávio Emir Adura, diretor-científico da Abramet, expressa decepção com as estatísticas divulgadas e destaca que o aumento na frota de motocicletas não é suficiente para explicar o aumento nas mortes. Ele aponta o comportamento arriscado dos condutores, incluindo o uso excessivo de celulares durante a condução, como um fator significativo.

Adura enfatiza a importância do rigor na aplicação da legislação, investimentos em engenharia de trânsito e, principalmente, em educação para reverter esse quadro preocupante.

Imagem: Reprodução/Freepik