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Afundamentos e crateras como os de Maceió já ocorreram em cidade de SP; confira

Maceió (AL) enfrenta uma situação crítica desde quinta-feira (30) devido ao iminente risco de colapso de uma das 35 minas de sal-gema da Braskem na cidade.

O alerta máximo levou à evacuação emergencial dos bairros Bebedouro, Bom Parto, Pinheiro, Mutange e Farol, impactando cerca de 5 mil famílias obrigadas a deixar suas residências. Desde 2018, o afundamento de Maceió já forçou 60 mil pessoas a abandonarem suas casas.

No ano seguinte, um relatório do Serviço Geológico Brasileiro confirmou a conexão entre o afundamento do solo e a exploração subterrânea da Braskem. Após essa constatação, a empresa assinou um acordo com a prefeitura local e desembolsou R$ 1,7 bilhão em indenizações.

Impacto das Explorações Subterrâneas no Brasil: Desafios e Consequências

O Brasil apresenta outros casos de explorações subterrâneas que impactaram comunidades e a estrutura urbana. Em agosto de 1986, o bairro Lavrinha, em Cajamar (SP), testemunhou o surgimento de uma cratera que cresceu de cinco para 50 metros de diâmetro em um mês, levando à realocação de centenas de famílias devido à fragilização do solo causada pela retirada de água subterrânea.

Entre 2008 e 2013, Vazante (MG) viu o aparecimento de grandes crateras, algumas com mais de 25 metros de profundidade, associadas à mineração realizada pela Cia. Mineira de Metais. O bombeamento excessivo de água resultou em zonas de depressão e afundamento do solo, comprometendo o lençol freático e impactando o abastecimento de água potável na cidade.

O caso recente em Buriticupu (MA) destaca um fenômeno chamado “voçoroca”, caracterizado por erosões extensas devido às altas taxas de desmatamento na região. Com 26 crateras cercando a cidade, algumas alcançando 600 metros de extensão e 70 metros de profundidade, mais de 50 casas foram engolidas.

O geólogo Clodoaldo Nunes sugeriu, em entrevista ao Jornal Nacional, a possibilidade de realocar a cidade como medida mais viável diante das voçorocas.

Imagem: Reprodução/Freepik