Especialista em TI pode ganhar R$ 16 mil e atuar em diversas funções
Desenvolvimento de sistemas, engenharia de software e análise de cibersegurança são possibilidades de especialização na área.
A média salarial da área de Tecnologia da Informação (TI) é, pelo menos, três vezes maior do que a média nacional. Os dados divulgados pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) chamam a atenção daqueles que pensam em investir em conhecimentos no setor.
A Brasscom informa, ainda, que o mercado precisará contratar, anualmente, uma média de 159 mil profissionais de Tecnologia da Informação e Comunicação. Entretanto, são formados apenas 53 mil por ano, o que indica um déficit de mão de obra qualificada para atender a demanda.
Os avanços tecnológicos exigem que as empresas tenham especialistas para solucionar problemas de redes, desenvolver software e sites, dar suporte técnico, realizar a gestão do banco de dados e garantir a segurança da informação. A quantidade de vagas disponíveis faz com que profissionais com especialização em TI sejam disputados e tenham salários competitivos.
Segundo levantamento do Glassdor, com base em mais de dois mil salários enviados, a remuneração a média salarial estimada para o cargo de especialista em TI é de R$ 13.100, podendo chegar a R$ 15.600, conforme a localização e o porte do empregador, assim como, a experiência do profissional no mercado.
O salário inicial de um desenvolvedor mobile júnior, por exemplo, é estimado em R$ 6.200, de acordo com o Guia Salarial da recrutadora Robert Half.
O profissional atua no desenvolvimento de aplicativos e, com ganhos de experiência e evolução da carreira, pode chegar a categoria sênior e receber de R$ 13 mil a R$ 21.900. Já um analista de sistemas sênior, que atua na elaboração de soluções tecnológicas para as organizações, tem a remuneração entre R$ 10.350 e R$ 17.400.
A demanda por profissionais é global, o que oferece a flexibilidade de trabalhar em qualquer lugar. O domínio da língua inglesa amplia as oportunidades e possibilita ganhar em moedas mais valorizadas em comparação com o Real. Além disso, a maioria dos termos relacionados à programação são em inglês, assim como manuais e documentações de softwares, por isso, o conhecimento no idioma tende a facilitar a trajetória profissional.
Como iniciar os estudos na área?
Entre as graduações mais comuns na área de tecnologia estão Engenharia da Computação, Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Ciência da Computação. Para os tecnólogos em TI, a duração mínima exigida pelas normativas do Ministério da Educação (MEC) é de 2 mil horas, uma média de 5 semestres.
A escolha da área de atuação vai depender das habilidades e afinidades pessoais. Fazer um teste de carreira grátis pode ajudar a identificar as aptidões e a compatibilidade com determinadas especializações.
Um profissional de Segurança da Informação, por exemplo, evita que os dados de organizações sejam acessados por hackers, que podem causar prejuízos milionários e afetar os consumidores.
Já a especialização em desenvolvimento de software permite a atuação em um campo amplo, seja de front-end, que trabalha com a parte que interage com os usuários; back-end, que desenvolve a parte que o usuário não vê, como o banco de dados; ou mobile, com programas voltados para celulares.
Em alguns casos, o diploma de nível superior não é obrigatório, visto que a área é flexível e permite que o profissional se qualifique através de cursos técnicos ou livres. O aumento da demanda por talentos e a oferta de oportunidades de emprego fazem com que parte dos interessados optem por investir em certificações de curta duração.
Essa é uma das principais razões apontadas pelo Mapa do Ensino Superior no Brasil 2023 para a elevada taxa de evasão nos cursos superiores de TI, com 38,5% para o ensino presencial e 38% na modalidade de ensino à distância (EAD).
Profissão exige determinação e estudo constante
Escolher ingressar ou migrar para a TI visando apenas salários elevados pode não ser uma boa ideia. A todo tempo surgem atualizações de softwares e novas linguagens de programação, por isso, é fundamental ter interesse pelo assunto e estar disposto a aprender cada vez mais.
Em cursos da área, é comum que se tenha uma visão inicial de determinados temas, sendo a responsabilidade de se aprofundar do aluno. Um desenvolvedor, analista de infraestrutura ou especialista em cibersegurança precisa investir horas de estudo e dedicação. Estudos extracurriculares e emissão de certificados também podem ser exigidos para comprovar conhecimento em assuntos específicos.