Americanas anuncia demissão de 177 funcionários
A empresa Americanas (AMER3), atualmente em recuperação judicial, divulgou informações relativas à sua força de trabalho e operações. Durante a semana de 9 a 15 de outubro, a empresa realizou o desligamento de 177 funcionários, como comunicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A Americanas S.A. foi a principal afetada por essas demissões, que também incluíram saídas voluntárias por parte de 117 colaboradores. Além disso, houve um desligamento na ST Importações. No mesmo período, a empresa realizou 251 novas admissões.
Americanas enfrenta desafios na recuperação judicial
A Americanas revelou que encerrou as atividades de duas de suas lojas, correspondendo a 0,06% do total de estabelecimentos ativos. Em 15 de outubro, a empresa operava com 1.778 lojas em funcionamento.
No que diz respeito às movimentações financeiras, a empresa efetuou pagamentos no valor de R$ 497 milhões e recebeu R$ 403 milhões entre os dias 9 e 15 de outubro.
Além disso, a Americanas enfrentou uma perda significativa de clientes ao longo de oito meses, encerrando o oitavo mês do ano com 42,9 milhões de clientes ativos, o que representou uma queda de 13%.
Essa diminuição no número de clientes tem sido constante desde o último mês de 2022, quando a empresa contava com 49,1 milhões de clientes. De janeiro a agosto do ano corrente, a empresa perdeu aproximadamente 800 mil clientes por mês.
As vendas digitais da Americanas têm sido o principal fator das dificuldades comerciais da empresa, apresentando uma queda de 91% na receita bruta entre dezembro e agosto, passando de R$ 1,24 bilhão para R$ 112 milhões.
Em comparação com o ano anterior, houve uma queda de 85%. A receita total da empresa também sofreu uma diminuição significativa, passando de R$ 3,13 bilhões em dezembro de 2022 para R$ 1,33 bilhão em agosto de 2023, representando uma queda de 26% em relação a agosto de 2022, quando a receita era de R$ 1,8 bilhão.
Apesar dessas dificuldades, a Americanas reitera seu compromisso com o processo de recuperação judicial e seu plano de transformação, visando garantir a rentabilidade e sustentabilidade de suas operações.
Isso inclui estratégias como otimização do espaço nas lojas, o fechamento de unidades, a reavaliação do mix de produtos e a adequação do estoque à demanda local, entre outras iniciativas com foco na eficiência e na margem de lucro.
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Imagem: Reprodução/Valor Econômico
