Advocacia no Brasil: mais da metade dos advogados do país tem menos de 10 anos de carreira
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) divulgou, recentemente, uma parcela dos resultados nacionais do Estudo Demográfico da Advocacia Brasileira, um marco como o primeiro levantamento do gênero produzido no país. Durante a 24ª Conferência Nacional em Belo Horizonte, foram apresentados dados que revelam características essenciais da advocacia no Brasil, destacando desafios e oportunidades.
Confira os resultados a seguir!
Advocacia no Brasil: Desafios e Tendências Revelados pelo Estudo Demográfico da OAB
Um aspecto notável é a predominância feminina na profissão, além de que cerca de 30% dos advogados já experimentaram desrespeito a prerrogativas ou honorários.
No entanto, o ponto central do estudo é a juventude da advocacia brasileira. Surpreendentemente, 52% dos 1,37 milhão de inscritos na OAB têm menos de 10 anos de carreira, apontando para uma dinâmica significativa de renovação e entrada de profissionais mais jovens.
Por outro lado, 38% dos advogados contam com 16 anos ou mais de experiência profissional, revelando uma parte considerável da advocacia brasileira composta por profissionais mais experientes. A análise desses dados levanta questionamentos sobre as necessidades e desafios específicos que surgem em cada extremo do espectro de carreira, desde a formação até a consolidação profissional.
Importância do estudo
O vice-presidente nacional da OAB, Rafael Horn, destacou a importância desses dados ao enfatizar a necessidade da atuação da Ordem para implementar medidas que possam suavizar as realidades enfrentadas pelos profissionais da advocacia.
Ele mencionou a vitória no STJ que garantiu a aplicação do artigo 85 do CPC para a fixação de honorários como um exemplo concreto de como a OAB pode influenciar positivamente a prática da advocacia no Brasil.
Assim, o Estudo Demográfico da Advocacia Brasileira não apenas apresenta uma radiografia da profissão no país, mas também destaca a importância de estratégias e intervenções para melhorar as condições de trabalho e garantir a eficácia do exercício profissional dos advogados brasileiros, independentemente do estágio de suas carreiras.
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