Desempenho abaixo no trabalho híbrido? Veja dicas para melhorar
Manter a harmonia em uma orquestra é um desafio, especialmente quando alguns músicos estão em locais diferentes. O mesmo se aplica às equipes de trabalho híbrido. Quando a gestão não atua ativamente para coordenar o concerto, a sintonia pode ser perdida.
Em uma pesquisa recente realizada pela Gallup, com 2.877 funcionários que trabalham em formato híbrido nos EUA, foram identificados quatro insights valiosos para aprimorar a colaboração das equipes. Vamos explorar essas ideias para ajudar os times a trabalhar de forma mais integrada, mesmo à distância.
Dicas para melhorar o trabalho em equipe no modelo híbrido
Um dos principais achados da pesquisa da Gallup é que cerca de metade dos times híbridos (48%) nunca discutiram estratégias formais para manter uma comunicação eficiente. Embora existam políticas, faltam instruções claras para organizar o trabalho.
Outro desafio é garantir que aqueles que trabalham parte do tempo em casa interajam efetivamente durante os dias presenciais. Frequentemente, é mais fácil evitar a comunicação. Os times que desenvolveram planos eficazes notaram uma melhoria significativa na colaboração e no engajamento no trabalho. Esse grupo de funcionários é:
- 66% mais propenso a afirmar que o formato híbrido impacta positivamente a colaboração;
- duas vezes mais propenso a se engajar no trabalho;
- 29% menos propenso a sofrer burnout.
Para coordenar as atividades, diversas ferramentas foram apontadas como benéficas pela pesquisa:
- Reuniões de alinhamento em grupo agendadas regularmente;
- Orientações sobre quando estar disponível durante o expediente, tanto no presencial quanto em casa;
- Instruções claras para comunicação em períodos de indisponibilidade de algum colaborador;
- Especificação dos dias e horários em que o time estará no escritório;
- Priorizar determinadas atividades no presencial, como colaboração, feedbacks e interação com a equipe.
Importância da adaptação e reflexão no trabalho híbrido
Mesmo com planos bem elaborados, tudo tem um efeito limitado até que o time adote as melhores práticas no cotidiano. As reuniões de alinhamento, por exemplo, são essenciais não apenas para coordenar as equipes, mas também para discutir o que está funcionando e corrigir erros.
Dos trabalhadores cujas equipes possuem planos específicos para o trabalho híbrido:
- 22% discutem mensal ou semanalmente sobre o formato;
- 36% discutem trimestralmente ou algumas vezes ao ano;
- 42% discutem anualmente ou ainda menos.
Os feedbacks de rotina são cruciais para solucionar problemas e adaptar melhor as práticas à realidade do time.
A pesquisa apontou que apenas 21% dos entrevistados receberam algum tipo de treinamento, seja obrigatório ou opcional, para executar suas tarefas em um ambiente híbrido. Entre os líderes, essa porcentagem sobe ligeiramente para 28%.
Esforços direcionados para melhorar o trabalho em equipe tendem a ser mais eficazes quando as empresas investem em treinamento. É fundamental que trabalhadores híbridos aprendam, tanto individualmente quanto coletivamente, a tirar o melhor proveito desse modelo, enquanto se adaptam aos desafios que ele apresenta.
Equipes remotas podem alcançar um desempenho excelente, mas isso requer liderança ativa e treinamento constante. Nada acontece de maneira natural.
